VEM NATAL
Vai e volta,
Torna a ir para voltar,
Este Natal pequenino.
Traz com ele revolta,
Na maneira de pensar,
Em nome do Deus menino.
Festejos em vez de oração,
Brinquedos de encantar,
Enchem os olhos da garotada.
Neste Mundo sem compreensão,
Procura-se a fome matar,
Sempre com vida agastada.
Morrem crianças neste Mundo,
Sem terem o que comer,
Sem ter água potável.
No recanto mais profundo,
Procuram sobreviver,
Pedindo um Mundo mais estável.
Um pouco de algo para comer,
Algo para a fome matar,
Mostram a pura realidade.
Não pediram para nascer,
Querem neste Mundo andar,
Gritam por igualdade.
Fecham-se os olhos aos senhores,
Donos do Mundo, sem o serem,
Promovem na miséria a continuidade.
Querem ser chamados de doutores,
Mesmo sem o merecerem,
Condenam quem grita por liberdade.
Neste Natal pequenino,
Cada vez menos Natal,
Poucos se lembram do Deus menino
E suas parábolas de moral.
Lembrar a vida e a morte,
Para a vida poder celebrar,
Cantando na vida o amor.
Não esperar pela sorte,
Fazer algo para mudar,
Essas vidas de grande dor.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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