ARDIL DA NOITE
Um futuro imaginado,
Numa noite d’esperança,
Rola o Mundo desgastado,
Mais que bola de criança.
E no triste espaço mudo,
Sem Sol a beijar a face,
Na noite acontece tudo,
Que a falta de luz disfarce.
O escuro desanima
O meu triste coração.
O escuro se aproxima
Duma maior solidão.
Escura noite, como a morte,
Esconde o que a dor mantém.
O ardil tem-na por sorte,
Sem temor não é ninguém.
Tem o triste coração,
Destino ao igual Ser,
Amor na escuridão,
Ninguém o quer merecer.
Amor nocivo patente,
É frio como a opressão,
É como lançar semente,
Num sofrido coração.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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