Acerca de mim

A minha foto
Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quinta-feira, 31 de julho de 2014

       
RETORNO

No teu rosto, vejo o meu,
Os traços doutrora, vejo agora,
Amor, que o amor deu,
Vida que foi embora,
Mas aquele grande amor, não morreu.

O forte abraço meu,
Último amor que foi o primeiro,
A luz não esmoreceu.
Momento derradeiro,
Ao guardar o amor que sempre viveu.

Na tua voz o mundo!...
Bem antes da terra e depois do céu,
O amor mais profundo,
Igual ao meu e ao teu,
Não existe, mesmo no outro mundo.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/




quarta-feira, 30 de julho de 2014


RETALHOS

No teu olhar!...
O meu mar!
Nos teus lábios o meu poema,
Pronunciado de vagar,
Como se fosse um problema.
No meu sorriso,
Um beijo teu,
Com forte sabor a aviso,
De algo que não aconteceu.
Retalhos de uma vida sofrida,
Espelhado no céu,
Sem qualquer simetria.
O fechar da grande ferida,
Coberta com um espesso véu,
Lembra-me a tua partida.
Esse teu ar carinhoso,
Que me faz acreditar,
Num futuro radioso,
Já não me satisfaz.
Procuro outro trilhar,
Seguro na caminhada,
Por este Mundo glorioso,
Espero encontrar a paz.
Pequenos retalhos da vida,
Teimam em permanecer,
Na minha mente sofrida,
Que procura fazer desaparecer.
A oportunidade surge do nada
E em nada se esfuma.
Aquele desejo astral,
Com algo que o consuma,
Já não é celestial.
Sou alma magoada, ferida,
Asas cortadas ao vento,
Novamente erguida,
Sem procurar o lamento.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/



terça-feira, 29 de julho de 2014


PARA ALEM DO TEU CORPO

Para além do teu corpo e dor,
Amo a tua alma, entre as estrelas,
Voando à procura do amor,
Pelos jardins, à luz das velas,
No segredo do teu pudor.

Para além do teu corpo belo,
Tua carícia, teu amor,
Os recantos que em ti revelo,
Ao beijar tão formosa flor,
Na doçura e cor caramelo.

Para além do corpo frescura,
Que do teu sal, provo o sabor,
Viajo em ritmo de aventura,
Por entre ondas de calor,
Com o teu beijo de ternura.

Para além do teu corpo, amor,
No embalar do teu encanto,
Viver contigo a tua dor
E parar o teu triste pranto,
Mostrar-te todo o seu valor.

Para além do teu corpo mar,
Beijar a tua boca ardente,
Teus seios poder afagar,
Com a carícia que o corpo sente,
Na bela forma de te amar.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/





segunda-feira, 28 de julho de 2014

        

      VERNIZ

Brilho calmante do teu olhar,
Verniz que se desfez diluído,
Nas ondas incessantes do meu mar.
Fruto apetitoso e proibido,
Com toda a doçura do seu amar.

Capa esbelta do seu firme peito,
Toque de veludo salivar,
Da doce língua e seu nobre feito,
Nesse seu húmido deslizar,
Quente corpo, salgado e perfeito.

Verniz que estala com o passar,
Do tempo eterno da juventude,
No refrescar das ondas do mar,
Que mostram a sua plenitude,
Nessa disposição para amar.

Ao olhar seu lábio sensual
A lua azul deste meu desejo,
Provoca esse desejo infernal,
Na ânsia do doce sabor do beijo,
Que do meu Ser, se fez imortal.

Desejo seu corpo ardentemente,
Com alma e espírito de aventura,
No triste pensar que turva e sente,
Como um arrepio de ternura,
Do desejo que o meu corpo mente.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/






sexta-feira, 11 de julho de 2014

    
 DOIRA O SOL

Nas nesgas agudas do areal,
Belos corpos expostos ao sol,
Bronzear com todo o seu final,
Que também põe o cérebro mole.

Areias filtram o fino sal,
Das águas lúdicas transparentes,
Que beijam a praia no final,
Na mudança das suas correntes.

Moçoila com o corpo moreno,
Na cobiça por ser desejada,
Lança no ar o doce veneno.

O lindo quadro, bom de se ver,
Salpicado com água salgada,
Faz qualquer moçoilo, padecer.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/

quinta-feira, 10 de julho de 2014


CARÍCIA

Sentires d’alma presente,
Ao surgir da primavera,
Aquele desejo ardente,
Foi uma doce quimera,
Que nasceu, como se sente.

Com a tentação do desejo,
A formosa flor murchou,
Entre a carência dum beijo
E do momento que amou.

Na carícia do seu seio,
Um desejo com sabor,
Dum amor sem ter receio,
Do doce beijo da flor.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/


quarta-feira, 9 de julho de 2014

     
TUAS MÃOS

Essas mãos que tocam,
Que protegem do mal,
Que te acariciam
São as mesmas afinal,
Que te podem fazer mal.

Nas tuas mãos me deito,
Este barco sem leme,
No apertar do teu peito,
Um destino que geme.
Toco-te suavemente,
Com os dedos de veludo,
Mão firme, mas docemente,
Momento que te desnudo.

Como o vento percorre,
Seu caminho sem parar,
Pelas minhas mãos escorre,
Tua vontade de amar,
Tua vontade de viver,
Que te amparam ao morrer.

Dedos entrelaçados,
A minha mão na tua,
Teus cabelos ondulados,
Deixam-te toda nua,
Ao sabor dos meus beijos,
Os teus nobres desejos.

Mãos que te fazem vibrar,
Na magia do amor,
Acompanham o teu falar,
No simbolismo da dor.

Essas mãos que são minhas,
Que são tuas afinal,
Na sina de suas linhas,
O teu destino mortal.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/


terça-feira, 8 de julho de 2014


NO SILÊNCIO DA NOITE

No silêncio, a alma sente dor!...
Um grito ouvido na solidão,
Alguém que procura por calor,
Que lhe chama entre a multidão,
Na incerteza do grande amor.

Com esse silêncio enlouquecido,
Em moldura de espelho dourado,
Um segredo mantido esquecido,
Será p’ra sempre a mais desejado,
Por se manter assim, escondido.

Escassez de amor em solidão,
Silêncio que toca a própria alma,
Nessas noites intensas de verão,
Com a melodia que a acalma
E também sossega o coração.

O silêncio da noite é martírio,
Como onda de dor que perfura,
Nas noites do seu forte delírio,
O sentir da falta de ternura,
Que provoca intenso calafrio.

Naquele febril adormecer,
O sonhar com a eterna paixão,
O acordar sem compreender
E se foi verdade ou ilusão,
O que sentiu ao amanhecer.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/



segunda-feira, 7 de julho de 2014


SÍMBOLO DE AMOR

Flor cortada do seu pedestal,
Tombada na sua perdição,
Em lágrimas tolhidas de sal.

Tristeza no seu belo cantar,
São as lágrimas da rendição,
Com o seu eterno caminhar.

Essa tristeza de um grande amor,
Lágrimas de pura sedução,
Que mostram uma tão grande dor.

Por dentro de uma alma de Romeu,
Coração com grande padecer,
Na vida eterna que não morreu.

Flor cortada do seu pedestal,
É mágoa na tristeza do Ser,
Pétalas caídas dum mural.

E assim viveu angustiada,
Julieta numa vida insegura,
Até surgir a sua alvorada.

Num refúgio d’amor proibido,
Com rosto estampado d’amargura,
Foi condenada por ter fugido.

Foi Romeu o seu único amor,
Nessa aventura que quis correr,
Sem se importar com tão grande dor.

Alma virgem, simples coração,
Que não teve medo de morrer,
Tendo o amor por triste condição.

Escarnece o mal que tudo zomba,
Duma menina que muito amou,
Que nos braços do seu amor tomba.

Alvíssaras se pede ao Senhor,
Para a história este amor ficou,
Romeu Julieta, foi amor.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/

sexta-feira, 4 de julho de 2014


DISCO DE VINIL

Rosas soltas ao vento,
Na neve derretida primaveril,
O sabor do lamento,
Neste disco de vinil,
Onde traço a vida de convento.

Convento onde fecho,
Alegria sentida na juventude,
Passado que remexo,
Sem que o tempo mude,
Ou altere todo este desfecho.

Saudades convertidas,
Nesta dor que sinto e não lamento,
Nas lágrimas retidas,
Deste encantamento,
Do passar dos anos e outras vidas.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/





    

quinta-feira, 3 de julho de 2014


VIDA E MORTE

Entre o morrer e a saudade,
Fica uma vida vazia,
Com a outra identidade,
Duma alma que se esvazia
Ao perder a mocidade.

Água corrente não volta,
A passar pela paisagem,
Por onde já passou solta,
Seguindo a sua viagem,
Levando a sua revolta.

P’ra trás ficou a saudade,
Da vida primaveril
Com toda a realidade,
Duma doença febril
Que traz a mortalidade.

Passa-se a vida a correr,
Com Stress que se criou,
Tanta pressa p’ra morrer,
Com o tempo que se andou,
Nesta vida sem viver.

Com um egoísmo presente,
Que torna vazia a vida,
No correr que a alma sente,
Ser a morte merecida,
Neste Mundo que nos mente.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/






quarta-feira, 2 de julho de 2014


 DÁ-ME UM ABRAÇO

Sou flor frágil no sentimento,
Preciso de um forte carinho,
Um doce abraço no momento,
Não me deixes morrer sozinho.

No abraço, sentir teu calor,
A protecção do meu viver,
Que acabe com o meu sofrer,
Nos teus braços sentir amor.

Dá-me um abraço carinhoso,
No sentir da nossa amizade,
Essa sim, sem qualquer idade.

Sem mágoas ou ressentimentos,
Que o teu sol, seja radioso,
Nestes meus últimos momentos.

Carlos cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/


terça-feira, 1 de julho de 2014


LÁGRIMAS RETIDAS

Entre vendavais dispersos,
Cinzas ao vento espalhadas,
Componho os meus tristes versos,
No surgir das madrugadas,
Com tristes sonhos diversos.

Ter no pensamento dor,
Ao ritmo do coração,
Na consagração do amor,
Cantando a triste canção,
P’ra minhas forças repor.

Versos ocos na nudez,
Com suas rimas perdidas,
Entre a doce embriaguez,
Numa loucura sentida,
Que assim, teve a sua vez.

Procurar o verso puro,
Com o vendaval disperso,
É destino nobre e duro,
Dentro do meu Universo,
Neste amor que procuro.

Ter vida sem sofrimento,
Um sonho tornado pó,
Por ser forte o meu lamento,
No chorar que mete dó,
Com este triste momento.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/