Acerca de mim

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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

   

  LOTUS

Sentires ausentes,
Que a alma derrama.
Néctar sagrado,
Da magia que sentes,
No acender da chama,
Do amor encantado.
Sonho imaginado,
Delírio presente,
De um bem abençoado,
Da outra vertente.
Flor da beleza,
De raiz profunda,
Combates a tristeza,
Que o coração inunda.
Desafio ao anoitecer,
Num beijo ardente,
Belo adormecer,
Que a alma consente.
Lágrimas de ausência,
Vazias de presença
Da tua essência,
Na triste sentença.
A eterna esperança,
Do néctar inalado,
Na eterna esperança,
Do presente inacabado.
Língua do desejo,
No Lotus perfumado,
O húmido beijo,
Por nós desejado.
Flor sentida,
Na difícil causa,
Da pétala perdida,
Na pequena pausa.
Ausência sedenta,
Sentires da flor,
Que a base sustenta,
No lindo amor.
Lotus perfumado,
Na tua pureza,
O lago encantado,
Da tua firmeza.
Magia da ilusão,
Do teu florescer,
O prazer da sedução,
No eterno anoitecer.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015


ESCREVER SILÊNCIOS

Cai o peso do tempo em nós,
A noite se debruça enfim,
Com companhia estamos sós,
Na vida que chega ao fim,
Quem terá pena de mim?

Silencio da dor que não dói,
O corpo se verga pesado,
Com essa idade que corrói,
Sem ter a culpa do pecado,
Passa a ser indesejado.

Qualquer dia lá chegaremos,
Onde outros terão já lá estado,
Sofrimento que nós não vemos,
No Mundo que nos foi legado,
Ser no seu fim, desgraçado.

Assim é o anoitecer,
Ser humano, ter curta vida,
Nascer, padecer e morrer,
Nunca pensar em despedida,
Retardando a sua ida.

A velhice é sabedoria,
Que com o tempo foi colhida,
Deveria ser alegria,
Chegar a velho nesta vida,
Ter descanso na partida.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

          

        LUZ

Essa luz do teu querer,
Fortaleza que te ilumina
Esse teu amanhecer,
Traços da própria sina,
Na beleza do querer renascer.

Luz de sorriso franco,
Amor no teu rosto espelhado,
Com dor do doce pranto,
Num sorriso rasgado,
Mostra todo esse teu encanto.

É Sol do teu sorriso
Esse amor cheio de alegria,
Canto do paraíso,
Teu amor e magia,
Luz que me faz perder o juízo.

Carlos Cebolo

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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015



EI-LOS QUE PARTEM

Ei-los que partem!...
Como folhas levadas pelo vento,
Sem destino certo traçado,
Lembrança que a mente retém.
Na alma levam o lamento,
Para trás deixam o legado.
Ei-los que partem!...
Na bagagem a esperança,
Na alma o desalento,
Por deixarem a terra natal.
Ei-los que partem!...
Para trás fica a lembrança,
No olhar trazem o relento,
Lágrimas soltas, dor carnal.
Tudo deixaram para trás,
Apenas levam a dor,
A dor que a alma sente,
Sente o que o corpo traz,
Na esperança e seu amor.
Ei-los que partem!...
Como cordeiros desgarrados,
Separados do seu pastor,
Seguem em várias direcções.
Um pouco desgastados,
Pela tristeza e sua dor,
Levam mágoa nos corações.
Ei-los que partem!...
Com esperança no regressar,
Uma vida para trás deixada,
Emigrar para não sofrer.
As dificuldades ultrapassar,
Com a vida desgastada,
Num tempo sempre a correr.
O país sem oportunidades,
Governos desumanizados,
Partem procurando igualdades,
Para onde são mais desejados.
Ei-los que partem!...

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

   

 PERPÉTUO

Este amor cândido sem fim,
Perpétuo no seu caminhar,
É sol vivo vindo até mim,
Alegria no seu brilhar.

Amor pelo vento levado,
Percorre tempos que vivi,
Mas sempre à procura de ti,
Sente ser também desejado.

Como nau que no mar navega,
Entre caminhos navegados,
Assim é o amor que se entrega,
Aos bons sentires desejados.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

       

    AVENTURA

Nas horas plácidas da vida,
Recordo com a minha saudade,
Teu olhar azul como o céu,
Dia da nossa despedida,
No momento da eternidade,
Já foste minha e eu fui teu.

Depois de nós, outros momentos
Compuseram a vida perdida
E moldaram os sentimentos,
Caminhos traçados da vida.

Hoje, recordo com saudade,
Teu sorriso, tua doçura,
Teu corpo, eterna mocidade,
Teus lábios de doce frescura.

Do teu corpo, guardo o momento,
Vivido a dois naquele quarto,
Onde trocamos corações.
Sem falar-nos em sentimento,
Sem propostas ou qualquer trato,
Sem impor quaisquer condições.

Apenas foi uma aventura,
Vivida a dois na solidão,
Duas almas na desventura,
Sem um pedido de perdão.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

        

      MÁSCARA

Máscara solta que te faz feliz,
No encanto do seu triste tacto,
De uma alegria que não condiz,
Com a falsidade do seu retrato,
Que esconde a triste alma infeliz.

No fingir de uma sã amizade,
Talha os caminhos obscuros
E promovendo a pura maldade,
Tenta desfazer laços seguros,
Insinuando falsa lealdade.

Jogo de xadrez a descoberto,
A máscara deixa assim cair,
No caminhar pelo seu deserto,
Procura ainda assim infligir
Com ódio, o coração já desperto.

Na tentativa de possuir,
Com sua inveja a felicidade
Que sente nos outros emergir,
Procura plantar sua maldade,
Na amizade que não quer sentir.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015



MINHA ALMA CHORA


Chove!...
Não vejo nenhuma chuva cair!...
Nada se move,
Mas o ruído da chuva a cair,
Intensifica a minha agonia,
Nesta já noite tardia.

O ruído triste da chuva,
Inunda o meu pensamento,
E minha alma se curva,
Com todo o seu tormento,
Como folha caída ao vento.

Gota a gota, oiço o barulho,
Naquele escuro sem ter fim,
Que abala o meu orgulho,
Faz chover dentro de mim.

Chove!...
Lá fora, o Sol brilha!...
O que oiço então cair?
Algo se move!...
Alguém aparece na trilha!...
O som dum alegre sorrir
Chega até mim,
Acabou o deserto por fim.

Ah!... Minha alma chora,
Eis a chuva a cair,
Nunca mais se vai embora!...
Em mim, fica o sentir.
Carlos Cebolo
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     CARNAVAL

Costume antigo, moda nova,
Assim o Mundo se renova,
Na dança e seu feliz sabor,
O Carnaval promove amor.

Vários trajes e seus dizeres,
Grande emoção e seus prazeres,
No esquecer da tristeza!...
O Mundo da incerteza.

O esquecer da rude vida,
E na brincadeira vivida,
Com palhaços nos divertimos,
As mágoas que também sentimos.

Entre abraços e doces beijos,
Também se pede bons desejos,
Com samba e sua folia,
Cria-se o Mundo de magia.

A bela máscara desenha,
Sem possuir chave nem senha,
O artista que a quer usar,
P’ra com ela também sambar.

Festa da carne e abundância,
Promove-se a vil ganância,
No desfile e seu festival,
Sem se importar com a moral.

Do berço teve Veneza,
A fama e a incerteza,
Em salões da burguesia,
Traições com as fantasias.

Com a máscara a inibição,
No pensar livre da traição,
Promessas e juras de amor,
Talham no futuro a sua dor.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

     

    CORAÇÃO


Ilusões guardadas no peito
Dor que inundava o seu olhar,
Sofreu o coração a seu jeito,
No seu eterno caminhar.

Um adeus que jamais passou,
Sua solitária incerteza,
Cobre a alma com sua tristeza,
A dor forte que o corpo abraçou.

E sangra o triste coração,
Na esperança do amor ardente,
Perde razão e condição,
Na dor que a própria alma sente.

Coração aberto para o amor,
Fecho sagrado de emoção,
Liberta em sangue a sua dor,
Sem libertar a confissão.

E vive eterno o seu amor,
No segredo da alma guardado,
O coração cheio de dor,
Que não chega a ser libertado.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

       

         AMOR

Amor, é querer por inteiro,
Na clareza do próprio dia,
Sentir que tudo é verdadeiro,
Com toda a energia e alegria.

É querer-te solta como o vento,
É poder dar, receber e guardar,
Respeitar todo o consentimento,
Na conjugação do verbo amar.

Amor, é força sentida na emoção,
È um abraço forte na protecção,
É mostrar o futuro no presente,
Traçar um sorriso na face ardente.

Amor, é acompanhar na solidão,
Deixar fluir o belo sentimento,
É dar e sentir com o coração,
É estar presente no mau momento.

Amor, é respeitar a desigualdade,
Lutar e vencer o preconceito,
Reprimir na sua mente a maldade,
Promover a vida e o respeito.

Amor, é dar esperança à vida iniciada,
É acarinhar a vida na triste enfermidade,
Eliminar as diferenças existentes no nada,
É dar a mão ao sentimento da verdade.

Amor, é lutar contra o preconceito da cor,
È acabar com as barreiras na humanidade,
È sorrir e fazer sorrir no combate da dor,
Ajudar o amigo sem pensar em caridade.

Amor é imortalizar o momento,
Entrega total na união,
Chamar a si o sofrimento,
Abraçar o próximo com o coração.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

   

 FRESCA BRISA

Seu segredo não desvendo,
Nem decifro o corpo seu,
Alma pura que não vendo,
Este amor que é só meu.

Tem a frescura no rosto,
O segredo da minha alma,
Morrer de amor é desgosto,
Que não aceita a vida calma.

É luz de espiga dourada,
O perfume da ousadia,
Com brancura acetinada,
Lábios de pura magia.

Tem no seu peito a doçura,
Nos seus sonhos os sentidos,
De uma vida de aventura,
Seus seios apetecidos.

É um mar de mil desejos,
Por onde passa a saudade,
Na humidade dos seus beijos,
Toque de serenidade.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015


DEPENDENTE

Do teu amor, sou dependente!...
Dependente do teu carinho,
Desse carinho que a alma sente,
No trilhar do velho caminho.

Do teu amor, sou dependente!...
E também das tuas carícias,
Os sinais de compreensão,
Doces beijos com malícias,
Que amarram este coração,
Ao teu amor sempre presente.

Do teu amor, sou dependente!...
Da pura nudez d’alegria,
Esse amor puro de loucura,
Que no teu corpo se escondia,
Regada com a tua ternura,
A alegria que a alma sente.

Do teu amor, sou dependente!...
Como a luz que vem da candeia,
Ilumina sons musicais,
Da onda espraiada na areia,
Lágrimas soltas nos beirais,
Que a onda no seu cantar, sente.

Do teu amor, sou dependente!...
Naquele amor que se procura,
A beleza do amor presente,
Sempre com traços de frescura.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

       

      JUSTIÇA

Acorda o Mundo em desalinho.
O dia nasce tardio,
O justo sem ter carinho,
Com todo o sistema doentio.
A justiça dos sete ventos,
Neste povo moribundo,
Ouve-se ais e lamentos,
A dor dum pranto profundo.
Coração fechado, punho aberto,
Com seu grito abafado,
Caminha o povo pelo deserto,
Seguindo um caminho forçado.
No injusto com todo o poder,
A injustiça vai plantada,
Com a esperança a morrer,
Entre a gente maltratada.
A justiça tem mão pesada,
P’ra quem rouba p’ra comer,
A mesma mão é levantada,
P’ra quem sustenta o poder.
Verte-se o sangue inocente,
Pelo triste chão desejado,
Na vida planta a semente,
Outros colhem o seu legado.
Justiça com olhos fechados,
Julga o pobre, julga o rico,
Os pobres são condenados,
Liberta o poderoso político.
Para o povo, só impostos,
Para os políticos riqueza,
Os dias já nascem mortos,
Neste país da incerteza.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

     
   SILÊNCIO

No silêncio da alma,
Um grito que não acontece,
Palavras que não digo,
Nesta triste noite calma.
O meu corpo estremece;
Sonho contigo…
És o meu anjo alado,
Meu demónio enlouquecido,
Meu espelho dourado,
O tormento esquecido.
Segredos por contar,
Deste meu silêncio sofrido,
Na mudança do meu sonhar,
Sonho contigo…
Lembro-me do teu sorriso,
Recordo o som da tua voz,
Em melodia de encantar,
Que me leva ao paraíso.
Intolerância!
Desilusão!
Silêncio atroz!
Sem vontade de falar.
Ventos da abundância,
Na escassez da solidão.
O êxtase da entrega,
Na luz do prazer.
Intenso delírio,
Que o meu corpo carrega.
Ondas de ternura,
Neste triste amanhecer,
No silêncio do martírio,
Desta dor que perfura.
Neste meu silêncio adormecer,
Sem pensar seguir em frente.
Sonhar com a eterna paixão,
Sem nunca te compreender,
Neste meu silêncio presente.
Tocar essa tua pele formosa,
Em delírios de ilusão!..
No meu silêncio, adormecer
Numa noite maravilhosa.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015


NEVOEIRO

Noite húmida e fria,
Este nevoeiro
Que me traz a dor,
Leva-me a alegria.
Prisioneiro
Deste amor,
Por vielas desertas
Do triste coração,
Navegam despertas
As magoas da alma,
Com recordação.
No silêncio da dor,
A saudade…
Horas incertas
Que se cruzam,
Na noite escura
Das ruas desertas,
Onde mergulham
Sem vida segura,
As almas despertas.
Esta névoa sem fim,
Dá cabo de mim.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

     

  FRIGIDEZ

A traição no seu olhar,
Nem sempre mostra o que sente,
Na sua forma de amar,
Tanto sorri, como mente,
Com seus olhos a brilhar.

Noite fria no seu leito,
Sua dor, sina maldita,
Nessa cama em que se deita,
Na mentira que acredita,
Sem haver qualquer suspeita.

Com ar de ser respeitada,
Mostra amor, o seu sorriso,
De uma vida maltratada,
Seu olhar é um aviso,
Da sua alma amargurada.

Consumida a juventude,
Promessa de fogo eterno,
No seu corpo sem virtude,
Fez da vida seu inferno,
Com essa sua atitude.

Sem ter já, um lume quente,
Com seu corpo enregelado,
Consumido lentamente,
Neste Mundo desprezado,
Com olhar que sempre mente.

Carlos Cebolo
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