JUSTIÇA
Acorda o Mundo em desalinho.
O dia nasce tardio,
O justo sem ter carinho,
Com todo o sistema doentio.
A justiça dos sete ventos,
Neste povo moribundo,
Ouve-se ais e lamentos,
A dor dum pranto profundo.
Coração fechado, punho aberto,
Com seu grito abafado,
Caminha o povo pelo deserto,
Seguindo um caminho forçado.
No injusto com todo o poder,
A injustiça vai plantada,
Com a esperança a morrer,
Entre a gente maltratada.
A justiça tem mão pesada,
P’ra quem rouba p’ra comer,
A mesma mão é levantada,
P’ra quem sustenta o poder.
Verte-se o sangue inocente,
Pelo triste chão desejado,
Na vida planta a semente,
Outros colhem o seu legado.
Justiça com olhos fechados,
Julga o pobre, julga o rico,
Os pobres são condenados,
Liberta o poderoso político.
Para o povo, só impostos,
Para os políticos riqueza,
Os dias já nascem mortos,
Neste país da incerteza.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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