O SENTIR DA SAUDADE
Por entre os frios e tristes escombros da hora,
Nesse Mundo estrelado de coisas ocas,
Vejo num cinza céu interior ainda surdo,
O crepúsculo renascente onde a alma chora,
Com os grotesco gestos de várias bocas,
O som triste que no Mundo se faz mudo.
Ao meu redor, vejo aquele Mundo imperfeito,
Buraco negro com apetite profundo,
Onde o teu grito se esconde em veste escura,
Com a sua fraca sintonia a preceito,
Fecha a porta que te leva ao outro Mundo
E sinto na boca essa horrível secura.
Sinto aquela saudade no pensamento,
De te querer novamente ver e beijar,
Fazendo regressar todo aquele passado,
No meu corpo, retido com sentimento
Profundo e doce, esse nosso caminhar
Que se torna cada vez mais desejado.
Saudades! São saudades que sinto assim,
Da amizade que partiu e me deixou
Com esse sentimento de não te ver
Nem sentir esse materno amor em mim,
Que em horas difíceis sempre me embalou
E me fez sentir, como é belo viver.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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