AREIAS DESERTAS
Nessa navegação dos seus desejos,
Sonhos deitados nas ondas do mar,
Deixados sozinhos para naufragar,
Entre esses sabores dos seus doces beijos.
Entre os dedos colhe areias desertas,
Do seu corpo feito profundo mar,
Que deixa escorrer nesse seu sonhar,
Por entre as brumas ainda encobertas.
Sente no olhar a brisa que vem longe,
Cavalgar que na praia vai morrendo,
No contraste do amor que vai crescendo,
Escondido por esse traje monge.
O mistério vem acentuar a crença,
Com esse chorar contido e impreciso,
Por entre as ondas do amor indeciso,
Fará que o seu sonho desapareça.
Carlos Cebolo
Sem comentários:
Enviar um comentário