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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quarta-feira, 24 de outubro de 2018


SE EU FOSSE CONSTRUTOR

 

Se eu fosse construtor,

Esse seria o meu legado.

Construir muralhas e castelos,

Pedras soltas sem telhado,

Escondendo o meu amor

E todos os momentos belos.

 

Com várias formas diferentes,

Ultrapassar as dificuldades

Encontradas pelo caminho

E seguir em várias frentes,

Ultrapassar vilas e cidades,

Sem nunca estar sozinho.

 

Se eu fosse construtor,

Não seria então pecado,

Construir muros e prisões,

Para prender o meu amor,

Deixar o desejo guardado

E seguir aos trambolhões.

 

Coloria esses meus sonhos,

Pintados de pureza e fantasia,

Para ninguém os esquecer.

Sem desenhos enfadonhos

Com imaginação e mestria

Em meus braços te acolher.

 

Acabaria com os espinhos,

Com que a rosa bela nasceu,

No fado do seu sentimento,

Lembrando os duros caminhos.

Onde a bela flor se escondeu,

Esperando o belo momento.

 

Carlos Cebolo


 

terça-feira, 16 de outubro de 2018




FORÇA DO AMOR

Invisível é a força do amor,
Por onde ficou a esperança,
Os momentos de uma lembrança,
Retidos com todo o fervor.

Ditosos sentidos adiados,
Nesse mar de coito invertido,
Entre docas de amores guardados,
Frustrado amor não consentido.

E o Romeu assim padeceu,
Na lembrança dessa Julieta,
Daquele amor que floresceu.

Canta o sábio essa resistência,
Pintada com essa cor violeta,
Por onde se perdeu a paciência.

Carlos Cebolo


segunda-feira, 15 de outubro de 2018



RECADOS

Recados são canções do coração,
Ouvidas em forma de despedida,
Na ausência gerada pela partida,
Daquele acordar cheio de emoção.

A voz forte que grita os seus sentidos,
No crepúsculo que desenha a imagem,
Entre sombras que vivem na margem
Desse sonho já com os seus tempos idos.

Recados que afasta essa solidão,
Sentida por entre a sombra que és tu,
No reflexo do espelho, teu corpo nu.

Essa forma rígida de uma união,
A tua nudez que aos meus pés se cola,
Em recados da força que consola.

Carlos Cebolo


segunda-feira, 8 de outubro de 2018




VENCIDO LUTADOR

Fervor e alegrias que iluminam a mocidade,
No passar dos anos onde teu corpo envelhece,
Entre as graças vincam toda a jovialidade,
Vencido lutador que no jazigo entristece.

Essa dor do envelhecer que sempre se temeu
E que o espírito jovial procurou esconder,
Foi dor que no fraco coração sempre viveu,
Com o carregar de uma cruz que o faz estremecer.

Com toda aquela efémera e brilhante alegria,
Que nos orientou no caminho da mocidade,
Fica o corpo prostrado no derradeiro dia,
O dia em que o destino o chamar à eternidade.

Carlos Cebolo


sábado, 6 de outubro de 2018



FEITIÇO AO LUAR

Havia luar na cumplicidade do Sertão,
Aquele luar que toca essa fonte da insegurança,
Na miscigenação que torna o sangue mestiço
Num chocolate de leite que aquece o coração.
Plantas brotam botões da flor ainda criança
Naquele enredo ladeado de forte feitiço.

Havia luar que no sertão, o amor desenhou
E não sei se foi paixão, ou algo que senti
Com aquele crepitar da doce fogueira de sangue
Onde a luz do prateado luar nos denunciou,
Juntos daquela trepadeira onde me escondi
Nesse profundo beijar da tua boca exangue.

Mentiras irreais desvendadas nesse momento,
Na catedral com suas estrelas enfeitiçadas,
Formavam o enredo daquela nossa fantasia.
Feitiço de amor que tem o luar por alimento,
No sertão com seus sonhos nessas linhas traçadas,
Onde a cúpula da noite mostra a sua magia.

Carlos Cebolo