TOQUE DE LUAR
Nas horas incertas pela picada,
Corpo coberto de pano colorido,
Vai a mulata sem a veste sonhada,
Ao encontro do seu amor proibido.
Sobe no horizonte a prata do luar,
O manto de estrelas que sorriam,
Por ver a beleza no seu caminhar,
Na picada que outros percorriam.
O suave vendo, é flauta que delira,
Fauno que a toca está enamorado,
Dessa tal beleza que nunca expira,
Mulata de Angola, sangue cruzado.
No silêncio da noite, o seu cantar,
A canção suave, sonho de criança,
Com passo firme vai seu caminhar,
Sabendo que o amor, só a desencanta.
Carlos Cebolo
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