INTERNO MAR
(ALMA DE MAR)
Lágrimas vertidas não têm cor,
E metade de mim, é água salgada,
Na dificuldade só mostra valor,
Uma alma cheia, bem cheia de nada.
Alma de mar sem ter a maré cheia,
Pode ser quem quer, pode ser só esperança,
Como as ondas que se desfazem na areia,
Os sonhos são mais que simples lembrança.
Todo o seu belo corpo é feito de água,
Água doce com lágrima salgada,
Com essa inquietação e triste mágoa,
Será alma de mar com vida adiada.
Choram as gaivotas na praia deserta,
Com esse mar, sempre de alma presente,
Cria todo um horizonte de vida incerta,
Libertando essa tristeza que sente.
Reclama por amor, quem tristeza tem
E nem sempre esse amor o satisfaz,
O mar sonoro chama por alguém,
Mas na areia da praia se desfaz.
Com esse mar, todo o Ser se compara,
Essa beleza esconde o perigo constante,
Todo o tempo voa e a vida não pára
E na mente fica o sonho distante.
O mundo prestou-lhe vassalagem,
Dando nomes aos mares se consagrou
E a alma do mar seguiu em viagem
Mas este povo não se conformou.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
https://carlosacebolo.blogspot.com/
Sem comentários:
Enviar um comentário