NAS NOITES LONGAS
Nas noites longas, algo me atormenta,
Sonhos que julgo não ter sentido,
Não é o meu passado que se ausenta,
Tão pouco esse momento perdido,
Ou a sorte que não se apresenta.
Nas noites longas, tudo acontece,
Rebobino o tempo já passado,
A memória que desaparece,
Todo esse tempo despedaçado,
Desta mente que ainda padece.
Nas noites longas, o sentimento
Da vida vivida em perfeição,
Sem lançar ao vento um só lamento
Ou fragmentos de uma confissão,
Nem ais soltos, expostos ao vento.
Nas noites longas, um olhar desperto,
Corpo cansado de um desperdício,
Mundo paralelo ali tão perto,
Nesse sonho que se tornou vício,
Na triste travessia do deserto.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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