SEM LÁGRIMAS
Minha terra, minha amada,
Deus criou-a com carinho,
Do tempo se fez o nada
E assim se destrói o ninho.
Na savana se viveu
Alegrias do momento,
Fresca água que se bebeu,
Criando-se o sentimento.
E do nada se fez tudo,
No mato que se venceu
E o próprio Deus ficou mudo,
Com a beleza que nasceu.
Da terra tirei o pão,
O fruto do meu saber,
Beijei o sagrado chão
Que me viu desaparecer.
Para bem longe fui levado,
Sem batuques e rebita,
No chão por mim consagrado,
Outro ser por lá habita.
E assim se vai terminar,
Na saudade que ficou,
Sem lágrimas para chorar,
Por muito que já chorou.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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