NADA É TUDO
Voo interrompido de asa quebrada,
Nem sempre repara no azul do céu,
Negras nuvens toldam o olhar que é só seu,
No labor do sol, a luz decepada.
Hoje, procura enfrentar o interior,
Entra no mundo revolto do Ser,
Na batalha trava esse padecer,
Retirando do fogo o seu calor.
Colhe flores e do nada se faz tudo,
Brancas gaivotas salpicam o ar,
Ondas sem castelo acalmam o mar
E o seu Eu interior, deixou de ser mudo.
Ouve murmúrios na fonte calada,
São gemidos de uma alma em perdição,
Os gestos sofridos nessa solidão,
Nesse corpo de mulher desesperada.
Hoje, este limpo céu ilumina a alma,
Talha caminhos e novas estradas,
Alimenta as nascentes desgastadas
E a água fresca que colhe, traz a calma.
Carlos Cebolo
https://carlosacebolo.blogspot.com/
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