MADRUGADOR
Na madrugada ainda escura,
Abre-se a janela do quarto,
Desse raiar que se procura,
Apenas solidão que afasto.
A noite parece ficar,
Mas o claro dia nasceu
E o rei Sol não quer despontar,
Nem o meu sono esmoreceu.
Rotina no inverno estrelar,
Sempre a mesma monotonia,
De um dia que tarda a chegar,
Sem alegria e sem magia.
Na rua deserta, sem luar,
Entre a brisa da madrugada,
Não sei com quem irei cruzar,
Nem a vida será adiada.
Tomo o meu café da manhã,
No bar da esquina já aberto,
Torrada e sumo de maça
E assim me mantenho desperto.
Pronto para enfrentar o dia,
Fixo rostos e colho gestos,
Na inquietação dessa magia,
Por entre pessoas e objetos.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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