NO SILÊNCIO DA NOITE
No silêncio da noite, corre o pensamento,
Voa o meu passado, junto com o presente,
A imagem formada é de triste sentimento
E esse futuro sonhado se encontra ausente.
Até parece que não houve alternativa,
A luta armada voltou-se contra o seu povo,
Seria o abandono de toda a vida ativa,
Deixar seus sonhos e fazer algo de novo.
Todo o angolano sem culpa, foi massacrado,
Ouve-se o negro galo cantar no seu poleiro,
O odio entre irmãos, ficou assim vincado,
Cortando a foice, o trigo, o milho e centeio.
Nasceu Angola livre, sem ter liberdade,
Passou todo esse tempo, sem ter primavera,
E o povo procurando uma outra identidade,
Sonhando com a vida muito menos severa.
Carlos Cebolo
https://carlosacebolo.blogspot.com/
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