POEMA NEGRO
Carnívora insatisfeita,
Madrasta da inocência.
Cobres com teu manto
O que a verdade rejeita,
Com toda a intolerância
Do eterno desencanto.
Sedutora da vaidade,
Velhaca da incerteza,
Que na tua triste ronda,
Não separas a idade,
Nem olhas à beleza
De quem levas na onda.
Asquerosa, fria e maldita,
Que te apelidas de morte.
Estendes a tua ossuda mão,
Recolhendo a alma bendita,
De quem te calha em sorte,
Sem lhe concederes o perdão.
Tu, que andas pelo Mundo,
A destruir a felicidade,
Com a dor sem compaixão,
Vives em local imundo,
Onde colhes a maldade,
Da tua justiça sem perdão.
Na certeza do teu poder,
Serás sempre perdedora,
No reino eterno de luz,
Para onde a alma irá viver.
Nesta vida sofredora,
È Jesus que nos conduz
E que não nos deixa morrer.
Meu corpo putrefacto levarás,
Para a terra de onde surgiu.
Invólucro vazio sem valor
E ao Mundo negro revelarás,
A tua triste vitória que ruiu,
Às mãos de Cristo o redentor.
Carlos Cebolo
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