M A R
Dos tons diversos da
Natureza,
Azul esverdeado profundo,
Se veste o mar na sua tristeza,
Gosto salgado que forma o Mundo,
Na sua insegurança e certeza.
Uma beleza húmida que atrai,
Corpos sedentos do seu vigor,
Num movimento de vem e vai,
Formando assim o seu grande amor,
Na atracção que o espírito recai.
Doce ventre que nos alimenta,
Essência da nossa salvação,
Que cria e mata a vida sedenta,
Com seu sal, profunda solidão,
Solidão que com ele se ausenta.
Este Mar com seus belos recantos,
Onde o incolor toma a cor do céu,
Cria ao Mundo os seus tristes prantos,
Infeliz alma que já colheu,
No chamamento dos seus encantos.
Nas lágrimas do ser imortal,
Mar profundo, caminho sereno,
Numa atracção que não há igual,
Seu sal se tornou doce veneno,
Tanto fazendo o bem, como o mal.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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