CORNUCÓPIA
Desta cornucópia de vícios traçados,
Em tuas mãos deposito este segredo,
Em flocos de neve caído aos bocados,
Onde o vento põe seu arrastado medo,
Tocando os seios esguios do teu ser,
Que aos meus olhos, força este meu padecer.
Cornucópia de um valor indefinido,
Que neste meu coração provoca a dor,
Entre as áureas de ópio de um corpo caído,
Que na procura, não encontrou o amor.
Fortuna deste meu pensamento é mágoa,
Liberta da cornucópia sem valor,
Aparecendo vazia à tona da água,
Sem a força que provoca esse terror,
Daquele segredo que não ficou guardado,
Por se sentir ser ainda desejado.
Cornucópia sem fundo, meu coração,
Claustro sequestrado sem ter lucidez,
No seduzir procura ter seu perdão,
Envolto em nuvem escura de embriaguez.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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