TODOS SOMOS UM
Na unidade do ser que nasceu,
Sou eu, és tu e mais alguém,
Sou aquele que padeceu
E no mundo não sou ninguém.
Sou fonte de luz que se produziu,
Água pura no rio corrente,
Sou quem de cá já partiu,
O arrefecer do sol ardente.
Sou quem o luxo esbanja,
Na alegria da vida que passa,
Tudo aquilo que se arranja,
Sem abrigo, na desgraça.
De tudo temos um pouco,
Neste banco do jardim,
Há quem me chame louco
E há quem goste de mim.
Sou a humanidade sem ser,
Um rebanho sem pastor,
Sou quem vai desaparecer,
Como a nuvem de vapor.
Todos somos iguais,
No futuro mais que certo,
Não somos de todo imortais,
Somos areia num deserto.
Carlos Cebolo
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