MEDO
Ao longe, houve o trotear,
O bater de cascos na rua deserta
Parece estar a chamar,
Quem àquela hora desperta,
Desafio de quem comanda o sonhar.
Uma voz na escuridão,
Ecoa no ouvido de quem não quer ouvir.
Como vara de condão,
O medo que o faz sorrir,
Esconde toda aquela triste solidão.
Na testa, o sinal da cruz!...
No céu aparece um fraco luar passageiro,
Mostrando alguém com capuz
Que chama pelo ferreiro,
Apontando para o cavalo, na fraca luz.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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