DOR ENGENDRADA
Chamam-me poeta mas não sou,
Da vida, a instrução adquirida,
Na poesia, um pouco me dou,
Retardando a minha partida.
Toca a vida serenamente,
Quem lê e compreende a poesia,
Amena a sua dor, quem a sente,
A dor da triste fantasia.
Por não ser poeta, sou errante,
Colho essas dores que o mundo sente,
Nesse olhar incerto e distante,
Legado que ficou na mente.
Poesia é o meu complementar,
Sem sentir dor ou solidão,
A dor que a poesia engendrar,
Será dor de outra condição.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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