A NUDEZ DA LUA
A noite despe-se do luar,
Escurecendo o próprio mar.
Ouve-se um silêncio de loucura,
Corpo de mulher, sua doçura,
Nesse desejo de ser sentida,
Num amor presente na vida,
Os sentires da própria mente,
Na magia que o corpo sente.
Sintomas sentidos no amor,
São pinceladas na alma sem cor.
Alma em constante desatino,
Numa mente sem ter destino,
Noites escuras à luz da vela,
Onde o próprio amor se revela,
Amando a vida intensamente,
Na liberdade que a alma sente
São cores e aromas em plena lua,
Beleza que se apresenta nua,
Nesse arco-íris cheio de cores,
Bons amantes e seus amores,
Nessa volúpia do movimento
Que o segue desde o nascimento,
Nessa ânsia que o corpo consente,
Com o intenso luar, sempre presente.
Néctar do amor de uma união,
Sente-se na ternura a paixão,
A dor da flor no chão perdida.
Mulher com sua alma dorida,
Sem perder o aroma da rosa,
Ouve essa melodia em prosa,
Triste encantamento presente,
Daquela loucura envolvente.
São vestes de um azul veludo,
Que perdeu a cor no olhar mudo,
Nessa miragem da ilusão
Que reacendeu sua paixão.
Foram sonhos de uma saudade,
Todos os tempos da mocidade,
Da estrela que ficou cadente,
Mas mantem corpo e alma ardente.
CARLOS CEBOLO
carlosacebolo.blogspot.com/
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