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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

    

PROMETIDA

Deitada entre lençóis de linho,
A candura de tez morena,
Colhe o cheiro do verde pinho,
Naquele choro que só dá pena.

Chora o corpo no seu prazer,
Desprazeres que a vida dá,
Duma sorte que a fez perder,
Os seus tristes ais que há por lá.

E por fim ri, p’ra não chorar,
Dum desamor que foi medonho,
A juventude não quer dar,
Nem acabar com o seu sonho,
Por ter alguém que quer amar.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 26 de novembro de 2014


BELEZA INTERIOR


De carácter a beleza,
Dentro da alma o seu sonar,
De nada tendo a certeza,
Na outra forma de amar,
Os ecos da realeza.

Bela nobreza salgada,
Alma pura e verdadeira,
A beleza consagrada,
Faz da verdade bandeira,
Sua noite, uma alvorada.

Uma beleza invisível,
Que no corpo é talhada,
Com aquela sina terrível,
Aparência indesejada,
Na alma forma o seu nível.

Alma doce e desejada,
No interior a sua beleza,
Apaga a mágoa deixada,
Ressaltando a realeza,
Da sua alma abençoada.

Que maior beleza ter,
A bondade por medida,
Nesse seu triste sofrer,
Tem a glória merecida,
Nos olhos que querem ver.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 25 de novembro de 2014


VERDES ANOS

Coração alvo linho,
Fruto de boa cepa,
Teu corpo verde pinho,                                  
O belo amor que decepa,
Destino que adivinho.

Longos beijos sem fim,
Fala do lábio mudo,
Neste viver em mim,
Da Era que tinha tudo,
Grande amor, sem ter fim.

Numa alma sem razão,
Alvo linho do Ser,
Sangue do coração,
Com este meu sofrer,
Tremor da minha mão.

Gritos na intensidade,
Das horas fugidias,
Canto da eternidade,
Nas noites e nos dias,
Da velha mocidade.

Como amei, ser amado,
No meu dar e tomar,
Momento adocicado,
No teu corpo adorar,
O sabor nele guardado.

Bom tempo já passado,
Nos fatais desenganos,
Tudo terá mudado,
Com o passar dos anos,
Naquele tempo encantado.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

       

    ECO MUDO

Grito neste Mundo abafado,
O meu eco de solidão,
Este meu silêncio guardado,
Vagueia pela multidão,
Neste meu peito amargurado.

Minha alma grita a sua dor,
Aquela dor adormecida,
Da semente que quer ser flor,
Por esta vida esmorecida,
Dum verbo sem ter seu amor.

Anda pelas asas do tempo,
O meu grito que se escondeu,
Entre a recolha do fragmento,
Do forte eco que se perdeu,
Na procura do sentimento.

Eco p’ra sempre naufragado,
Na sua triste penitência,
Procura o grito desvairado,
Por entre a sua turbulência,
Sem nunca se ter encontrado.

Rumou, sem ter posteridade,
Semeando a sua desgraça,
Entre os gritos de liberdade,
Nesta vida por onde passa,
Os ecos da fraternidade.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

    

   PREGADOR

Caminha, Pedro caminha!...
Diz o Mestre no missal,
Boa nova, vida minha,
Neste eterno Carnaval.

Vai seguro e com coragem,
Enfrenta perigos do mal,
Só a mim, dás vassalagem
E a mais nenhum mortal.

Prega, Pedro pregador,
A compaixão por medida,
Na cruz viveu teu Senhor,
Na hora da despedida,
Na terra deixou amor.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 19 de novembro de 2014


O SILÊNCIO DA IDADE
(Terceira idade)
Hoje, tombada a flor da juventude adorada,
Sem o perfume da bela rosa e do jasmim,
Como me lembro do tempo da minha alvorada,
Quando o Sol estendia seus raios sobre mim.
Pensei que fosse eterna a juventude encantada,
Que a bela vida vivida não tinha seu fim,
Assim como seria eterna a rosa encarnada,
Fechada naquela torre feita de marfim.
Mas, hoje sem as asas douradas da infância,
Oiço nos ventos os ais deste corpo que chora,
Com seus ecos ouvidos para além da distância.
Sem sentir temor, mas sempre a extrema saudade,
Solto nas asas do tempo, a vida de outrora,
Nesse tempo onde vivi a minha mocidade.
Carlos Cebolo

terça-feira, 18 de novembro de 2014


SENTIRES E EMOÇÕES

Tão profundo foi este pensamento,
Que alagou minha alma na solidão,
Dum Mundo novo com seu sofrimento,
Que enfraquece toda a boa união.

Sentimentos soltos em poesia,
Compõem os soltos sonhos do Mundo,
Tristeza, alegria e sua magia,
Num desassossego de alma profundo.

Nos sentires dum coração ardente,
Os segredos retidos e escondidos,
Que somente a pureza da alma sente.

Encantos no tocar da poesia,
Emoções de tempos não esquecidos,
Da juventude com sua alegria.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/



segunda-feira, 17 de novembro de 2014

     

     ODORES E DESEJO

Aquele jardim, para mim não tinha flores,
Apenas teus odores
E a mortiça luz da lua bela
Que no céu brilhava como uma estrela.

Naquela noite fria,
Iniciei assim minha romaria,
Sem rumo e sem destino,
Com minha alma em perfeito desatino.

O destino da vida,
Que nesta noite assim esmorecida,
Perdeu a sua calma,
Nesses tristes e fatais presentes d’alma.

Uma nova aventura,
No sentir e cheirar a tua candura,
No deserto da vida,
O desejo, a ânsia e sede escondida.

Impulso derradeiro,
Amor secreto e forte, por ser primeiro,
Naquele murcho jardim,
Um lindo ramalhete, nasceu assim.

Naquele antigo jardim, nasceram flores,
Mistura de odores,
Um intenso luar
E o rei sol, voltou de novo a brilhar.

Neste meu coração,
Já cansado e com outra recordação,
Uma flor renasceu
E assim, o nosso amor rejuvenesceu.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

       

    SOL NASCENTE

O Sol nasce sempre no mesmo lugar,
Embora a terra gire no seu sentido,
Como a mágoa por não te poder amar,
Também gira libertando o amor contido.

Sempre que me encontro no meu acordar,
Tua imagem flutua na minha mente,
Acordado, procuro também sonhar,
Para te ter no amor que a minha alma sente.

Espiritualidade feita de amor,
No sentir dos sentidos da madrugada,
O entusiasmo ao sentir o teu clamor.

Sol nascente da minha alma sofredora,
Que do teu corpo se sente desejada,
Nesta aventura para sempre tentadora.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 11 de novembro de 2014



Não Mintas

Não mintas!...
A nossa amizade merece mais.
Quem gosta tudo consente,
Suspiros, gritinhos e ais
E tudo o que o coração sente.

Não mintas!...
O passado,
O presente,
No amor nada se esconde,
Se o amor não mente.

Amar não é pecado,
Ama-se apenas o bem,
Guarda-se o belo legado,
Procura-se ser alguém.

Se carnal a união,
Espiritual a seu jeito,
Deixar falar o coração,
Não levar nada a peito,
Sem exigir condição,
A tudo ficar sujeito.

Não mintas!...
Ilusões sentidas,
Devaneios escondidos,
Amores secretos ocultos!...
Alegrias merecidas,
Encontros proibidos,
Triste mundo de adultos.

Não mintas!...
Alma gasta, apagada,
No deserto da vida,
A felicidade adiada,
Na dor sentida,
Com a vista esmorecida.

No sentir da tristeza,
Como a treva da morte,
De nada ter certeza,
Procurar nova sorte…
Não mintas!...

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

          

         VOLÁTIL

Quando a minha alma voa
E penetra no intenso azul do céu,
Colorido por pedaços de algodão
Branco neve, na mistura do cinzento
Triste e espesso véu,
O meu grito ecoa,
Ao encontro do teu coração,
Seguindo os caminhos do vento.

Enquanto meu corpo descansa
Neste espaço terreno,
Ela viaja pelo Olimpo chão sagrado,
Onde ganha a confiança
Dos deuses e deusas do amor e do pecado,
Que fazem do amor, um templo eterno.

Entre as flores dum jardim perfumado,
Com cânticos e louvores em harmonia,
Vejo a luz cintilante do teu olhar,
Talhado nas nuvens daquele céu azulado,
Que me encanta com a sua magia.

Aquele teu olhar que me seduz,
Acompanhado pelos teus seios palpitantes,
Prendem-me como fortes fachos de luz,
Prendem os olhos livres na escuridão,
Das almas puras viajantes,
Que pastoreiam pelo Sertão.

Na viagem da minha alma sonhadora,
Onde o meu pensar está fora de mim,
No seu supérfluo sepulcro do destino,
Encontro a tua alma sonhadora,
Que percorre aquele caminho sem fim
E perante a qual me inclino,
Por sentir tão grande beleza,
Rainha no seu pedestal trono de realiza.

Pudesse eu acompanhar tais passos,
Na vida terrena do corpo dormente,
Com os olhos tristes e rasos
De lágrimas que agora sente,
Com o regresso da alma à realidade,
Depois de ter vivido a sua liberdade.

Este sonho dourado que me inquieta,
Na liberdade do Ser amante sonhador,
É como o grito surdo do poeta,
Quando canta a sua dor.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

      

        FILOSOFIA

Se eu penso, é porque existo!...
A verdadeira inocência é não pensar…
Se não penso, não existo,
Essa existência do amar,
A enorme inocência que vejo nisto.

Somos chamados de humanos,
Por ter a capacidade de pensar,
Por aqui não há enganos,
Faculdade de imaginar,
Depois da morte, saber p’ra onde vamos.

Quero aqui deixar em verso,
Por ser certo ou errado, este pensamento,
Um assunto controverso,
Olhando este sentimento,
Depois da morte, viver novo regresso.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

            

            NOSTALGIA

Nostálgicas lágrimas do teu sofrer
Sentidas na alma que não chora e não pensa,
Nesse misticismo que quer entender,
O tão grande volume da paixão que se adensa.

As flores sorriem no belo jardim,
Entre rios que choram as tristes mágoas,
Na esperança de belos sonhos sem fim
Que separam escuras e tristes águas.

Nostalgia do espaço eterno sem tempo,
Esse lugar de encontro da alma que grita,
O belo tardar do sonhar da esperança.

Tristezas levadas nas ondas do vento,
A nostálgica vida que não se agita,
Na bela magia de se ser criança.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 4 de novembro de 2014


 RENOVAÇÃO

Neste cinzento negro céu,
Segredos escondidos da vida,
Nova esperança renasceu.

Por entre farrapos de nuvens.
Voltar a amar e ser querida,
Libertar fantasmas reféns.

Sem esperar por caridade,
Coisa que não faz o seu génio,
Naquela fraca claridade,
Procura manter livre a alma,
Absorver o seu oxigénio,
Entre marés na noite calma.

Para encarar a realidade,
Invocar a sua forte musa
E acabar com a maldade.

Na réstia do sol, renascer,
A bela fragrância que ousa
Fazer novo amor florescer.

Talvez ainda seja cedo,
Ou tarde por já ser passado,
O escuro provoca medo
Nesse seguro indesejado,
Que provoca triste degredo.

Vagamente vem-lhe à lembrança,
E invoca o velho passado,
No silencio da contra-dança,
Desses tempos desesperados.

Liberta seus segredos sábios,
Beija ardentemente seus lábios.

Só renovando o seu amor,
Termina a sua triste dor.

Carlos Cebolo
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