ODORES E DESEJO
Aquele jardim, para mim não tinha flores,
Apenas teus odores
E a mortiça luz da lua bela
Que no céu brilhava como uma estrela.
Naquela noite fria,
Iniciei assim minha romaria,
Sem rumo e sem destino,
Com minha alma em perfeito desatino.
O destino da vida,
Que nesta noite assim esmorecida,
Perdeu a sua calma,
Nesses tristes e fatais presentes d’alma.
Uma nova aventura,
No sentir e cheirar a tua candura,
No deserto da vida,
O desejo, a ânsia e sede escondida.
Impulso derradeiro,
Amor secreto e forte, por ser primeiro,
Naquele murcho jardim,
Um lindo ramalhete, nasceu assim.
Naquele antigo jardim, nasceram flores,
Mistura de odores,
Um intenso luar
E o rei sol, voltou de novo a brilhar.
Neste meu coração,
Já cansado e com outra recordação,
Uma flor renasceu
E assim, o nosso amor rejuvenesceu.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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