Acerca de mim

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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

sexta-feira, 30 de outubro de 2015


SER OU NÃO SER

Neste meu olhar interior, nem mesmo sei quem sou!
Se reflexo do pensamento, simples paisagem,
Ou tempo agreste da vida que por aqui passou
E que, no triste caminhar, se tornou miragem.

Esta sorte que me foge com o voar do vento,
Leva consigo toda a minha alegre roupagem,
Sina de um fracasso que partiu com o pensamento
E nunca mais voltou, para me trazer a coragem.

Essa coragem que me faz encarar todo o amor,
Amor pelo triste mundo que se tornou meu fado,
Sangrentas chagas que intensificam a minha dor.

Serei, talvez pétala surgida na haste duma flor,
Que neste mundo se perdeu, na origem do pecado,
Surgido nesta mãe terra, com a palavra amor.

Carlos Cebolo

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quinta-feira, 29 de outubro de 2015


FRACO LAMENTO

Forçou-me um dia, o lamento que me lamentasse,
Das coisas que o amor, obriga que sejam desfeitas,
Como se um jogo de cartas, assim se jogasse,
Guardando aqueles altos trunfos que se rejeita.

Desse fraco lamento que também foi rasgado,
Se vangloriou o amor que assim o convenceu
Que o triste lamento deixou de ser desejado,
No sentimento ardente que com ele nasceu.

Com aquele triste tempo passado, também presente,
Deixou aquele lamento de se tornar lembrado,
Deixando fluir toda a emoção presa na mente.

Floriu assim na sua magia, aquele amor,
Com aquele sentimento puro que ficou guardado,
No fraco coração que deixou de sentir dor.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 28 de outubro de 2015


SEM PEJO DO TEU BEIJAR

O dizer tudo num olhar,
Boca selada na emoção,
Nesse cantar do coração,
Fere a alma, no seu caminhar
E no fundo quer seu perdão.

Sonho de amor e de ilusão,
Traçado numa sina real,
Ser réprobo em condição,
Sem ter pejo do teu beijar,
Selando esse meu coração.

Receoso dessa grande dor,
Sem torpeza no respeitar,
Recito a poesia de cor,
Saboreando esse teu beijar,
Para aumentar o nosso amor.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 27 de outubro de 2015


DUAS LÁGRIMAS

Dois brilhantes rolam pelo rosto,
Lágrimas triste com a sua cor,
A luz solar no seu decomposto,
Deixando fluir a sua dor,
Traz no sal, o seu eterno gosto.

Pérolas deixadas pelo olhar,
Transparentes como o diamante,
Com a alegria formam o seu par,
Na sua tristeza segue adiante,
Também rolam na emoção de amar.

São duas lágrimas de saudade,
Na perda de quem, também amou,
A saudade de uma mocidade,
Do belo tempo que não voltou,
Rolam na sua serenidade.

Duas lágrimas de decepção
Na sua cor, se tornam preciosas,
Alegrando o triste coração,
Rolando pelo rosto, radiosas,
Sem verter o sal da salvação.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

CINZA CÉU

Moldou-se o céu dum manto cinzento,
Manto que turva a minha visão,
Húmido, esconde o belo horizonte
E deixa escapar um só lamento
Profundo e triste, dum fim de verão,
Com o triste Outono já de frente.

Essa névoa que pernoita fria,
Escondendo toda a sensação,
Duma lua que sobe tardia,
Quando essa névoa, andar pelo chão.

É o Outono que mostra a chegada,
Duma era em sua renovação
Que mantém o seu corpo húmido,
Na sua beleza desejada.
Esse corpo cheio de emoção,
Esquece o mau momento já ido.

Carlos Cebolo
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domingo, 25 de outubro de 2015


HAIKU" VERDADE"
Só vê a verdade,
A infância no seu primor.
O velho não vê.

Carlos Cebolo

Fragilidade (haiku)

Margaridas soltas,
Sobre um solo ressequido,
Sujeitas ao tempo. 

Carlos Cebolo

sexta-feira, 23 de outubro de 2015


Falo-te

Falo-te da Beleza das belezas,
Falo-te deste nosso Mundo encantado,
Falo-te da certeza nas incertezas,
Falo-te do desejo não realizado.

Daquela beleza que encantou o Mundo,
Dessa rosa rainha em tom natural,
Na certeza de querer um amor profundo,
Desejo puro e não apenas carnal.

Falo-te dessa rosa de porcelana,
Daquela Angola, o meu país natal,
Da pura beleza que aquela terra emana,
Falo-te deste amor incondicional.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 22 de outubro de 2015


ESPELHO MALÉFICO

Há!... Porque me mostras essas rugas
Se a minha pele é sedosa e macia como uma flor?
Não me queres fazer crer que isso sou eu!...
Nem me venhas com falas mansas com as tuas fugas,
Impondo-me na mente esse teu triste sentir,
Quando a minha alma floresce alegre
E sonhadora como sempre foi.

Quem julgas tu, espelho maléfico, que és?
Não Passas dum pedaço de vidro polido
Que se quer fazer gente na sua imagem!...
Porquê essa insistência?
Se o que mostras, dizes ser eu!...
 Então não conheces a minha alma
Forte e segura que por amor se perdeu.

Dói-te o pensamento incerto desse teu crer,
Na certeza do teu reflectir e sentir.
Sempre com essa dor do teu padecer,
Sem te recordares deste meu eterno florir.
 Pensa um pouco espelho meu
 E não me faças apenas, de ti rir…

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 21 de outubro de 2015


SONHO INACABADO

No meu sono, tudo fica pela metade,
Como tudo que acordado, eu também medito,
Sonho com a aventura, pensando ser verdade,
Naquele inacabado sonho em que acredito.

Entre o meu meio sono e o sonho inacabado,
Ao acordar, só me recordo da metade
Desse sonho, sem ter o seu fim terminado,
Fruto de uma mente que esconde a realidade.

Tudo que com o amor, foi assim começado,
Naquele meio sonho, onde o ideal não acabou,
Também não foi o belo momento alcançado.

E tudo isto leva na aventura a má sorte,
Daquele triste sonho que o amor não alcançou,
Por sentir seu coração, ferido de morte.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 20 de outubro de 2015


SEGREDOS GUARDADOS

Passa o dia para o seu descansar,
Cobre esse negro manto, o horizonte,
Cresce na sua vinda, a linda lua,
Para deixar intranquilo, o doce mar.
Água pura que fervilha na fonte,
Vem banhar a tua alma triste e nua,
Coberta pelos raios prateados,
De gostos sentidos e desejados.

Pequeno ruído de um silêncio incerto,
No entrar de uma noite iluminada,
Faz da tua alma, minha carcereira.
Como o oásis que sacia o deserto,
Tua alma nos meus braços aninhada,
Torna a nossa paixão mais verdadeira
E nossos corpos ficam condenados,
Nessa lembrança de beijos guardados.

Nosso amor que não cessa com o tempo,
Cresce como essa subida da lua
E no teu regaço a cabeça inclino.
Busco no teu olhar, esse momento,
De te ter nos meus braços toda nua,
Marcando firme, este nosso destino
Que na vida, nos deixa acorrentados,
Entre os segredos que ficam guardados.

Carlos Cebolo
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sábado, 17 de outubro de 2015


HAIKU" VERDADE"
Só vê a verdade,
A infância no seu primor.
O velho não vê.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015


SORRISO

Há!... Esse teu sorriso seguro e encantador,
Enche a alma de um tempo, sem tempo no seu perder,
Sorriso floral, aberto que despreza a dor
Na ternura dos teus lábios, voltar a viver
Aquele sonho que conforta todo o grande amor.

Doce ternura do teu sorriso, branca flor,
Pétalas vivas, soltas da tua fresca boca,
De um perfume de aromas silvestres, sua cor,
Arco-íris floral que a natureza provoca,
Nesse teu doce sorriso que irradia amor.

Encantador sorriso de uma alma selvagem
Que contagia a própria flora da natureza,
Desse teu beijar de bela e fina linhagem
Que do teu corpo, se formou com toda a certeza,
Com esse amor que agora presto vassalagem.

Esse sorriso brilhante de moça madura,
Lábios quentes e doces, de vibrante mulher,
Numa fresca aguarela de incessante ternura,
Sempre predisposta ao amor, quando ele vier
E desfolhar num quente beijo, toda a doçura.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 15 de outubro de 2015



SE A ALMA NÃO FOR PEQUENA

Depois de vários dias passados,
Outras tantas noites mal dormidas,
Nem sempre com lágrimas vertidas,
Entre profundos suspiros dados,
Surge o amor que este destino ordena,
À pobre alma que não é pequena.

Nesta divina e boa mudança,
Sem nunca se sentir a partida,
Que no seu sentir, orienta a vida,
Mantendo toda aquela confiança,
Numa vida que o amor não condena,
Se aquela culpa for grave pena.

Muda-se a vida nesta vontade,
Dum mundo composto por mudança,
Entrega-se ao destino a confiança,
E que julgue apenas a verdade,
Daquele amor que o espírito ordena,
Penas leves duma alma pequena.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 14 de outubro de 2015


Voo astral

Este pacote de carne em que habito,
É triste morada do meu pensamento,
Que o quero assim livre, em tudo que acredito,
Para guardar em si, todo o seu momento.

Sem deixar passar o momento vivido,
No despertar de um tempo que não voltou,
Dorme este meu pensamento em que medito,
Nesta casca de carne onde eu hoje estou.

Neste plano astral, corre o rio sem fim,
Com o adormecer das águas turbulentas,
Sinto este triste despertar, preso a mim.

Entre margens estreitas corre o pensamento,
Nas indeterminadas viagens ausentas
Daquele espírito com o seu sentimento.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 13 de outubro de 2015


ESPELHO OBTUSO

Não penses que vives desta minha loucura,
Espelho obtuso da triste alma reflectida
E sôfrega, neste triste olhar que procura
Belos sonho duma realidade vivida,
Ordeno que me mostres a minha figura.

Mostra-me todas as minhas fortes emoções,
Toda a beleza e a força do meu encantamento,
Esse meu doce olhar, de beleza e seduções,
Guardada na memória do meu pensamento
E que agora em ti, só vejo desilusões.

Bela como sempre, me vejo reflectida,
Nesse teu reflexo olhar, este entardecer,
Sinto o espírito renascido desta vida,
Neste amor que tenho para dar e merecer,
Tornando a vida, muito mais apetecida.

Dói-me o pensamento incerto deste teu crer
E antes do pensar, a dor do meu sentir,
Nesse sentido olhar que te faz padecer,
Na lembrança deste meu eterno florir,
Quando a alma se torna albergue dum renascer.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 8 de outubro de 2015


CÂNTICO DA MOCIDADE

Beija a borboleta o meu amor,
Pétala rosa, menina e flor,
Cântico doce do seu beijar,
Liberdade nesse seu amar.

Amarras soltas do Ser cativo,
Coração agreste ainda vivo,
Entre as alas duma liberdade,
Sentida na flor da mocidade.

Estes anos passam com o vento,
No doce suspiro, seu lamento,
Do Tempo perdido que não volta,
Como aquela alma presa, que se solta.

E nesse cair do tempo, a saudade,
Cântico alegre da mocidade.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 7 de outubro de 2015


SONHO

Sonhei com o murmúrio do mar,
Aquele murmúrio que a areia sente
No constante bater suave do seu amar.

Sonhei com os teu beijo quente,
Poisados ardentemente nos meus
Lábios ansiosos pelos teus.

No meu sonhar, a alma também partiu,
Ao encontra da aventura
E os nossos corpos, no amor uniu
Num gesto que o próprio tempo perdura.

Talvez outros terão a realidade,
Um amor, um luar, uma certeza.
Talvez procure apenas a verdade,
Neste meu sonhar sem clareza.

À noite, olhos fechados, oiço a tua voz!
Voz que me agita o coração,
Que me diz não estarmos sós,
Perdidos nesta imensidão.

Para muitos, há apenas o real mundo,
Mundo firme que se toca e sente.

Para mim, este enigma forte e profundo,
Dum sonhar que à própria alma mente.

Neste meu viver no irreal mundo do desejo,
Anseio ardentemente pelo teu beijo.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 6 de outubro de 2015


BELEZA

A Beleza, quem a pode definir?
Tudo depende do ângulo de visão.
Na tristeza, nada se pode sentir,
Mas na alegria, só fala o coração.

Nessa ânsia do amor, tudo se torna belo,
Num extremo de desgraça, nada existe,
Nem toda a beleza tem o seu castelo,
Protegido daquele seu momento triste.

Na aventura procurada, tudo é belo,
Como o cristal lindo da vazia taça
E mais que banal se torna o seu castelo,
Se naquele seu tédio, cair a desgraça.

Carlos Cebolo 
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sexta-feira, 2 de outubro de 2015


MEU INFERNO

Se sonho, não descanso,
A vida é meu inferno,
Pela noite, eu avanço,
Meu sonhar é eterno.

Se ao sonhar eu acordo,
É pronúncio do bem,
A morte não recordo,
Não sei quando ela vem.

Se a morte é sonho eterno,
Não quero assim sonhar!
Se a vida é meu inferno,
Também quero acordar.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 1 de outubro de 2015


MOMENTO

Refugio-me no passar do momento,
Do momento mais rápido que a luz solar,
Tão rápido que me turva o pensamento,
Não deixando o meu espírito pensar.

Desassossego da noite é tranquilidade,
Tranquilidade do receio profundo,
Assim tão profundo como a realidade,
Dum coração que quer abraçar o Mundo.

Nesse correr, como o rio abraça o mar,
Juntando algo doce ao seu eterno sal,
Também o momento me quer abraçar,
Procurando levantar minha moral.

Carlos Cebolo
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