ESPELHO OBTUSO
Não penses que vives desta minha loucura,
Espelho obtuso da triste alma reflectida
E sôfrega, neste triste olhar que procura
Belos sonho duma realidade vivida,
Ordeno que me mostres a minha figura.
Mostra-me todas as minhas fortes emoções,
Toda a beleza e a força do meu encantamento,
Esse meu doce olhar, de beleza e seduções,
Guardada na memória do meu pensamento
E que agora em ti, só vejo desilusões.
Bela como sempre, me vejo reflectida,
Nesse teu reflexo olhar, este entardecer,
Sinto o espírito renascido desta vida,
Neste amor que tenho para dar e merecer,
Tornando a vida, muito mais apetecida.
Dói-me o pensamento incerto deste teu crer
E antes do pensar, a dor do meu sentir,
Nesse sentido olhar que te faz padecer,
Na lembrança deste meu eterno florir,
Quando a alma se torna albergue dum renascer.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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