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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016


NAQUELE MEU MUNDO DISTANTE

Naquele meu mundo distante,
Inventei canções…
Canções de embalar ao anoitecer,
Canções para seguir adiante,
Canções alertando as condições,
De um mundo que não para de crescer.

Naquele meu mundo distante,
Ouvi o belo cantar dos passarinhos,
O correr do riacho no seu leito,
O assobio do vento caminhante
E dos pássaros construtores de ninhos,
Naquela natureza que cria ao seu jeito.

Naquele meu mundo distante,
Vi o pôr-do-sol e o nascer do luar,
Todo aquele futuro a renascer,
O brilho de um tempo inconstante
E compus lindos versos de encantar…
Na esteira, cantei o amor ao anoitecer.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016


NEM TUDO SÃO MÁGOAS

Azedume que fere a alma,
Num canto sem sua cor,
É fel do amor que sufoca.
Vento fraco que acalma,
Essa dor de um grande amor,
Conserva a sua doçura.

Na profundeza do rio,
Corre serena sua água,
No gelo da timidez.
Pelo caminho sombrio,
Se esconde a tristeza e mágoa
Dando ao amor sua vez.

Na timidez de um amor,
Nem sempre tudo são mágoas,
Com toda aquela incerteza.
Sem calor, reacende a dor,
Tristeza das frias águas,
Que escondem sua beleza.

Amor sem ser declarado,
Morre na sua nascente,
Na inglória do seu viver.
Sem sol, o inverno é gelado,
O verão não será quente,
E a esperança irá morrer.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016


BOAS FESTAS – FELIZ ANO NOVO

Termina o ano, na certeza de voltar!
Amores, entre escapadinhas do pensamento,
No virtual, aquela vontade de beijar,
Forjando nas mentes, um novo sentimento.

Por entre beijos e abraços nada se passou,
O sentir e sonhos continuam guardados,
Transferidos para o ano que ainda não chegou,
Nessa esperança de continuarem desejados.

E que Janeiro traga aquele forte desejo,
Desta vida virtual se tornar realidade,
E sentir finalmente o verdadeiro beijo.

Que o amor deixe de ser desejo solitário,
E que o virtual seja verdadeira amizade,
Deixando a solidão de ser esse calvário.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 27 de dezembro de 2016


O MOMENTO É ÚNICO

O momento vive a sua saudade,
A saudade levada pelo vento,
Vento que transporta essa eternidade,
Eternidade com o seu momento.

E por isso aqui me encontro, amiga!...
Amiga que sofre com sua dor,
Dor essa por onde também me abriga,
Abriga a alma e consola meu amor.

Este amor que trago no pensamento,
Pensamento inconsciente do meu Ser,
Ser que voa e saboreia o momento,
O momento que o faz entristecer.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016


OLHARES

Nesse cansaço do encantamento,
Exposto sentido desse olhar,
Faz renascer esse sentimento,
Desejo ardente do teu beijar,
Por entre esta tua confissão
Que arrebata este meu coração.

Sentido no pequeno percalço
De um furtivo olhar em direcção,
Essa tangente que em mim realço,
Trespassou este meu coração
E deixou-me este desassossego,
No encanto sentido que não nego.

Será triste essa sina traçada,
Nos desígnios de um amor furtivo,
Náufrago da vida desejada,
Por ser crente e se encontrar cativo,
Vive na ilusão do pensamento
E guardado fica o sentimento.

Carlos Cebolo
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sábado, 24 de dezembro de 2016


MEU NATAL

Na saudade do tempo, lembro a vida,
Menino moço, moleque de fisga,
Correria, brincadeira e fadiga,
Alegre viva, então por lá vivida.

Na terra batida do meu sertão,
Ouvindo as lindas aves a cantar,
Jogava a bola, brincava ao pião,
Cacimbas e rios, onde ia nadar.

Sentia aquele desejo de viver,
Partilhado com a mãe Natureza,
A alegria de tamanha beleza,
Do nascer do Sol ao anoitecer.

E relembro toda aquela saudade,
Dessa terra vermelha onde nasci,
A linda mocidade que vivi,
Os amores vividos na tenra idade.

Lembro as praias de dourado areal,
Belas águas quentes e cristalina,
Toda a beleza da terra menina,
Essa terra que em mim, se fez Natal.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016



NATAL SOLIDÁRIO

E a solidariedade não chegou,
E também não nasceu para cá ficar,
Os mais ricos fomentam a pobreza,
A guerra e fome que ele próprio criou,
Na ganância, sem ter amor para dar,
Por este Mundo espalham a incerteza.

Que bom seria que houvesse Natal,
Entre os escombros duma vida sentida,
A cor da pele não servir de pretexto.
Neste Mundo a criança ser toda igual,
Alegre e simplesmente divertida,
Ficando a fome fora do contexto.

Esse simples acto de ter nascido,
Num Mundo que se quer humanizado,
Na utopia da igualdade criada,
Deixa metade do Mundo perdido.
Olha-se para o povo escravizado,
Mantendo-se essa vida desgastada.

Carlos Cebolo




quinta-feira, 22 de dezembro de 2016



NATAL TRIDIMENSIONAL

De nascimento se fala incessantemente,
Quem nasceu, nasceu já senhor entre doutores,
Naquela passagem do mar indiferente,
Entre ramos e cânticos com seus louvores.

Ilude-se as crianças com todos os presentes,
Desse comércio ateu, que assim vai florescendo,
No proveito de uma religião com seus crentes,
Sem olhar que outras, algures estão morrendo.

Comércio, passagem ou simples nascimento,
Tridimensional maneira de se viver,
Colhe-se o fruto, sem colher o sentimento.

E o dia escolhido, sem o ser, também é,
Lembrado na passagem com todo o sofrer,
De quem a este mundo, mostrou a sua fé.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016


CHEGOU O NATAL

E o rei Inverno chegou,
Com ele chegou o Natal,
Nos lugares por onde andou,
Não implantou a moral.

Tu que dormes ao relento
Não pediste para nascer,
Os moinhos feitos de vento,
Tendem a desaparecer.

E é Natal com a sua neve,
Alguns lares aconchegados,
Tu, com a vida assim tão breve,
Tens teus sonhos congelados.

Nesse lar que não terás,
Vês a neve com tristeza,
Um mundo visto por trás,
Dos salões da realeza.

E corre o Mundo a seu jeito,
Um Natal que não será,
O frio aconchega o peito,
O Natal que venha já.

Traga com ele calor,
Calor que se quer humano
Que acabe com esta dor
Deste mundo ainda insano.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 20 de dezembro de 2016


TUDO SE RENOVA

Para viver, vivo somente,
O sonho do dia-a-dia
E a vida assim não se adia,
Nem a espera se consente.

Vivo somente os momentos,
Como o vive, a Natureza,
Deixo fluir os sentimentos,
De tudo, não ter certeza.

E sem nenhuma lembrança,
De todos os sonhos perdidos,
Só na vida ter confiança,
Nos momentos distraídos.

Na vida tudo é mudança,
Nada tem continuidade,
No transformar da lembrança
Se renova a mocidade.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016


VER COM ALMA

O ver é mais forte que um olhar,
A beleza existe dentro do Ser,
Silêncio naquele interior fixar,
Ocultam o seu próprio viver.

Simples lembrança da perfeição,
No sonhar da alegria perdida,
Teias espalhadas pelo chão,
Não prendem a sua despedida.

Num simples olhar, a perdição,
Sem se ver o importante interior,
Perde-se a beleza na ocasião,
Sem sentir a doçura do amor.

E na formosura de um olhar,
Essa teia firme da atracção,
No desejo de querer amar,
Pensando ali estar a salvação.

Um olhar é apenas sedução,
De um amor instantâneo no crer.
O profundo ver é perfeição,
Do amor no seu doce florescer.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016


CAMINHOS LONGOS

E o vento soprou a mudança
Sem ter a personalidade,
Sem atingir o que a alma alcança,
Já não tem nacionalidade.

Sempre sem crença e sem dinheiro,
A tormenta de um desalojado,
Ter solidão por companheiro
E o frio luar por aliado.

Canta a cigarra no verão,
Na tristeza do seu viver,
Morre na pura solidão,
Sem um futuro merecer.

Lá longe ficou a Nação,
Essa terra que o viu nascer,
Onde ficou seu coração,
Num cantar ao amanhecer.

E o vento levou a saudade,
Dessa terra Natal distante,
Onde viveu a mocidade,
Essa cigarra itinerante.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016


SORTILÉGIO

Sopra o vento uma suave brisa,
Nessa pausa de um vendaval,
Que na ausência também chorou.
Chorou no manto que desliza,
Ao encontro do seu final,
Abismo que nada mostrou.

Surgiu como uma evocação,
Na vontade da existência,
Sem conhecer a realidade.
Mágoas encheram o coração,
Trespassado na sua essência,
Tolhendo essa eternidade.

Com esse vento, o amor se foi,
Sem ter tempo para se fixar,
Com esse vendaval que passou.
Murmúrio da ferida que dói,
Na vontade de querer ficar,
Por onde a brisa se fixou.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016


SOLIDARIEDADE

Num belo dia de primavera,
Sonhei, pensando estar acordado,
Criança que na vida desespera,
Neste Mundo triste desenhado,
Onde a fome tem por companhia
E a guerra, sua febre doentia.

Com ele, procurei ser solidário,
Mas com tanta miséria existente,
Nos bolsos apenas o meu diário,
Guardando essa dor que o povo sente,
Dessa morte que se repetia,
Minuto a minuto, todo o dia.

No meu sonho, senti-me amarrado,
Inútil em todo este padecer
E triste, fiquei amargurado,
Abraçando todo aquele sofrer,
Com essa vida assim já tardia,
Que em todo o lado, sentia e via.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 13 de dezembro de 2016


ESPERA UM POUCO

Não me digas adeus!...
Segue o caminho que seguramente te levará ao fim,
Mas abranda esses passos teus,
Para que possas mais tempo, ficar junto a mim.
Sente esse perfume da minha paixão,
Uma paixão incessante e forte como o quente calor
Que, lembrando-me de ti, fervilha este coração,
Plantando em mim, aquela tristeza e dor.
Na distância indeterminada dos meus cansaços,
Caminho lentamente neste meu sonhar,
Procurando aquele momento de sentir teus abraços
Apertando meu coração ao teu e teus lábios beijar.
Ó sombra amada que me atormentas,
Com a esquiva distância que resiste
Em colher o fruto acre com que alimentas,
Este amor que na ausência se faz triste.
Espera… retarda esse querer profundo,
Não digas ainda adeus!...
Pois se partires, nunca mais me encontrarás neste Mundo
E eu, não sentirei jamais, os abraços teus.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016



INVERNO

O tempo é de profunda tristeza,
Folhas estendidas pelo chão,
Uma Natureza sem beleza,
Branca neve tinge a solidão.

Brando Sol com seus raios cálidos,
Com este tempo agreste que voa
Forma raios dourados pálidos,
Quando este Sol se esconde entre a névoa.

Senhor inverno com seu manto frio,
Por onde se esconde a mãe Natureza,
E a ave no seu ninho perde o pio.

Estendendo a mão numa carícia,
O inverno toca tua beleza,
Naquele olhar de pura malícia.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016



E O TEMPO LEVA A VIDA

Todo este tempo, leva a vida,
Mágoas da vida indefinida,
Com choros e grande tristeza,
Sem de nada ter a certeza.

Passado que nada deixou,
No presente que se fixou,
Tão triste como a própria morte,
Do amor que não teve por sorte.

No futuro estará presente,
Esse amor que ainda não sente,
Nessa ilusão que então viveu,
O amor que seja igual ao seu.

Esse amor que sonhe os seus sonhos,
Sem os pesadelos medonhos,
Desses choros que já chorou,
Na tristeza que o amor travou.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016


DE TI MÃE

Suguei esse alimento do teu Ser,
De ti, tirei a força do viver,
O amor e a capacidade de amar,
O sentir, o querer e desejar.

De ti, sentirei sempre esta saudade,
Todo aquele calor da maternidade,
A protecção e o sabor do teu beijo,
Esse satisfazer do meu desejo.

O aprender em combater a ilusão,
Vencer esses desaires do coração,
O saber dar e também receber
E na tristeza procurar vencer.

Em ti, a força deste meu lutar,
O desejo incessante de querer amar,
O sonhar e o viver da eternidade,
Na alma, manter sempre essa mocidade.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016


VIVER A VIDA

Não esperes eternamente,
Vive a vida sem a saudade,
Gota a gota para a sentir
E para respirar livremente
Esse sabor da eternidade,
Na aventura que quer florir.

Nesse amar de sentir viver
A vida com simplicidade,
Almas com o mesmo pensamento,
Nesse encanto de o merecer,
O amor na sua intensidade,
Sem esboçar um só lamento.

É a vida que assim nos prepara,
Esse querer talhado a preceito,
Sem se deixar de ser quem é,
Viver a vida que não pára,
Sentir esse amor ao seu jeito
E nele entregar sua fé.

Não negue a pertença sentida
De um amor que julga ser seu,
Num beijo trocado à distância.
Esta vida é para ser vivida,
Com o amor que não aconteceu,
Na vontade ainda sentida,
Naquela paz e inocência.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 6 de dezembro de 2016


MURMÚRIOS DE UMA SAUDADE

Espera um pouco!...
Pousa um momento…
Não só o pensamento, mas também o olhar.
O mundo não está louco,
Rodopia no seu movimento,
Como rodopia a alma no seu sonhar.

Não, não é o meu encanto
Que te atormenta o sono,
Nas noites imensas do teu sonhar.
Ouve a bela ave no seu canto,
Som suave no alto do seu trono,
Que assim canta no teu acordar.

O encanto vem da distância,
Murmúrios de uma saudade,
A grande vontade de se ser feliz.
A felicidade é como a inconstância,
Também gera instabilidade
E faz este Mundo infeliz.

Ouve o meu amor na tua canção,
Mas lágrimas quando a alma chora,
Com uma mágoa sem ter fim.
Não desiludas mais o coração,
Talvez não tenha chegado a hora
E o querer por querer, não seja assim.

Carlos Cebolo
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