SORTILÉGIO
Sopra o vento uma suave brisa,
Nessa pausa de um vendaval,
Que na ausência também chorou.
Chorou no manto que desliza,
Ao encontro do seu final,
Abismo que nada mostrou.
Surgiu como uma evocação,
Na vontade da existência,
Sem conhecer a realidade.
Mágoas encheram o coração,
Trespassado na sua essência,
Tolhendo essa eternidade.
Com esse vento, o amor se foi,
Sem ter tempo para se fixar,
Com esse vendaval que passou.
Murmúrio da ferida que dói,
Na vontade de querer ficar,
Por onde a brisa se fixou.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
Sem comentários:
Enviar um comentário