NEM TUDO SÃO MÁGOAS
Azedume que fere a alma,
Num canto sem sua cor,
É fel do amor que sufoca.
Vento fraco que acalma,
Essa dor de um grande amor,
Conserva a sua doçura.
Na profundeza do rio,
Corre serena sua água,
No gelo da timidez.
Pelo caminho sombrio,
Se esconde a tristeza e mágoa
Dando ao amor sua vez.
Na timidez de um amor,
Nem sempre tudo são mágoas,
Com toda aquela incerteza.
Sem calor, reacende a dor,
Tristeza das frias águas,
Que escondem sua beleza.
Amor sem ser declarado,
Morre na sua nascente,
Na inglória do seu viver.
Sem sol, o inverno é gelado,
O verão não será quente,
E a esperança irá morrer.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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