CAMINHOS LONGOS
E o vento soprou a mudança
Sem ter a personalidade,
Sem atingir o que a alma alcança,
Já não tem nacionalidade.
Sempre sem crença e sem dinheiro,
A tormenta de um desalojado,
Ter solidão por companheiro
E o frio luar por aliado.
Canta a cigarra no verão,
Na tristeza do seu viver,
Morre na pura solidão,
Sem um futuro merecer.
Lá longe ficou a Nação,
Essa terra que o viu nascer,
Onde ficou seu coração,
Num cantar ao amanhecer.
E o vento levou a saudade,
Dessa terra Natal distante,
Onde viveu a mocidade,
Essa cigarra itinerante.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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