DELÍRIO
Na cegueira do silêncio que se fez,
Com esse produzir tocante da vontade,
Onde a esperança pausa o sentir da verdade,
Sonho da vida que aos poucos se desfez.
Gelaram todas as sensações sentidas,
No emergir desse teu sorriso imperfeito,
Que plantou flores já murchas neste meu peito,
Atingido por mágoas incompreendidas.
Tudo se tornou tédio com o meu receio,
Sem norte nem sul de uma intuição divina,
No aroma perfumado do nosso meio.
Na cegueira minha deste meu sonhar,
Manto pérola de uma capa de
menina,
Delírio constante do meu
caminhar.
Carlos Cebolo
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