SENTIRES DA VIDA
Nesse ressuscitar de uma vontade antiga,
Terceiro dia da esperança que se espera,
Neste passar de um tempo que lhe desespera,
O acordar da alma num sonho de rapariga,
Aguarda a Páscoa num amor que ainda impera.
Que mulher já feita na sua plenitude,
Não sonha poder ainda vir a viver,
Reconhecendo na vida o seu renascer,
Esses dias felizes da sua juventude,
Pintando um arco-íris no seu entardecer.
Nessa provocação de um corpo a envelhecer,
Na sua alma esconde o sentido de beleza,
Desse querer e poder amar, tendo a certeza,
De viver a vida com todo o seu prazer,
Mandando embora, bem para longe a tristeza.
Nesse limbo da vida de um escurecer,
A vontade de ter esse sonho acordada,
Sente o calor em voltar a ser desejada,
Nessa realidade que o corpo quem viver,
Como um vigor sentido pela madrugada.
Carlos Cebolo
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