DISTANTE
Sempre tive este jeito no querer,
Por muito te querer, assim chorei,
Embebido, nos frívolos pensamentos.
Lágrimas soltas desse padecer,
No fosso da saudade que criei,
Para esconder todos os nossos momentos.
Meus companheiros de uma infância amada,
A lembrança do meu triste pensar,
De um sertão longínquo que se desfez,
Na terra virgem outrora conquistada.
Belas imagens que quero guardar,
Bem fundo no cofre da sensatez.
Não me condeneis a esse esquecimento!...
Na minha lembrança percorro atalhos,
Do vermelho sangue do chão imenso,
Que sempre será meu por nascimento.
Longe de ti, componho meus retalhos,
Escrevo memórias que não dispenso.
Por mais longe que essa distância pareça,
Na rebelde maneira da lembrança,
Solto memórias desse meu recanto,
Desanuviando esta minha cabeça.
Na minha mente ficou a esperança,
Das memórias que provocam o meu pranto.
Carlos Cebolo
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