SONO SEM DONO
Hoje, ao acordar, senti ser meu sono,
Quem sou, na ignorância do meu viver,
E do meu pensamento não ser dono,
Querer entre os lençóis permanecer.
Corpo langue com imagem desfocada,
No desfrute que só o amor consente,
Incógnita mulher a mim abraçada,
Sorvendo os sorrisos da minha mente.
Sonho rebelde num sono dormente,
Explodindo nas veias ressequidas,
Os fluídos de uma sensação quente,
Por entre o imaginário de outras vidas.
Assim, senti em mim tua presença,
O chamamento de um amor bandido,
Que no sono plantou sua sentença,
Como flor viva de um ramo partido.
Carlos Cebolo
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