ZUNGUEIRA
Na quimbala fruta fresca,
Um lenço de pano-cru,
Manga goiaba caju,
O bom sabor que refresca.
Do musseque a caminhada,
Duro pão de cada dia,
De uma vida já tardia
Com essa vida desgastada.
Esse ananás meio verde,
Abacate e bom limão,
Pés descalços pelo chão,
Vem matar a minha sede.
Zungueira de profissão,
Uma flor já desfolhada,
Sua pele já foi queimada,
Na venda do ganha pão.
Sua fruta meia verde,
Deixou perfume no ar,
Aquele corpo a balançar,
Não matou a minha sede.
Seu futuro está queimado,
Também o seu lindo rosto,
Há noite sente desgosto,
Desse tempo perturbado.
Ananás e fruta pinha,
Frescura da Natureza,
Zungueira com tal beleza,
Mata esta sede que
é minha.
Carlos Cebolo
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