NÃO FOI ASSIM
Não foi assim quando adormeci,
Não foi assim, quando por ti chorei,
Não recordo o dia em que nasci,
Mas recordo o dia
em que te amei,
O dia em que te conheci.
Foi em alvoroço que gritei por mim,
Entre nuvens transparentes do meu ser
Naquela alegria que senti assim,
Como senti num fim, um novo renascer,
De uma aguarela alegre, cor de carmim.
Não foi assim que me entendi,
Quando de ti, senti todo aquele calor
Do movimento sensual que verti,
Com aquele estender do teu fervor,
No esquecimento do que sofri.
Não foi assim que te imaginei,
Na luxuria dos sentidos de um amanhecer,
Com lágrimas soltas que então chorei,
Por sentir em mim, o amor renascer
E gritar bem alto que adorei.
Não foi tristeza o que senti
No calor presente da tua entrega
Que me fez esquecer tudo o que sofri,
A dor que a minha alma ainda carrega
E o grito incessante a chamar por ti.
Não foi dor nem sofrimento,
Aquele toque de carícia e desejo,
Que inundou o meu pensamento,
Toque suave do teu doce beijo
Que me fará lembrar o belo momento.
Carlos Cebolo
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