LABIRINTO
Na tua ausência, abre-se a agonia da tempestade
Por onde a ilusão se dissipou como a corrente
De um ar rarefeito, deixando a sua saudade.
O amor guardado num compartimento vazio
Que a vida rejeitou e a própria alma consente,
Transforma em clausura esse ambiente já frio.
No teu silêncio, oiço a secura do teu beijar
E o cheiro a bálsamo que do teu corpo se ausentou,
Na frigidez sentida, espalhada pelo ar.
Para além do humano, os deuses se dissiparam,
Entre fronteiras de um Olimpo que pouco durou,
No labirinto onde os nossos amores se cruzaram.
Carlos Cebolo
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