SENHOR DO DESTINO
No conjunto dos instantes, a máscara,
O filtro que os nossos lábios trocaram,
No olhar de solidão protege a cara
E mata os sonhos que se edificaram.
Deuses cegos fora do celestial,
Que provocam amores não realizados,
Compondo sonetos de dor carnal,
Dissipando a esperança dos desgraçados.
Quem és tu, senhor do nosso destino,
Cuja luz se dissipa ao fim do dia
E o teu som provoca esse desatino,
Colhendo de nós a ínfima alegria?
Por um instante pensaste no amor!
Sonhos perdidos antes de os ter!
Criaste este labirinto de dor
E do amor, colheste todo o prazer.
Carlos Cebolo
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