O PERFUME DA TUA
COR
Abre-se essa agoniada da tua ausência,
Respiro saudades do teu amor,
Entre cores talhadas dessa inocência,
Oiço esse perfume da tua cor.
Chamas por mim na dor do teu silêncio,
Repito o teu nome nessa clausura,
Entre feitiços, crenças e auspícios,
Bebo as cores de toda a tua ternura.
Em mim, foste um temporal de emoções,
Cálice onde se fabricou o éter do amor,
Local cheio de vida e sensações,
O belo fruto cheio de sabor.
Foste terra, mãe e sabedoria,
Foste o passado desse impulso antigo,
Com sua tristeza, dor e alegria,
Instante solitário de um abrigo.
De ti, não perco aquele doce sabor,
Nem o fel destilado das entranhas
De quem, em teu nome, implantou a dor,
Plantando sombras e coisas estranhas.
Carlos Cebolo
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