COLHER NO TEMPO
Colho no tempo, o tempo gasto,
Colho flores no gélido inverno,
De tudo, um pouco sigo o rasto,
Fechando a porta desse inferno.
Sonho paisagens não sentidas,
Tudo é natureza já morta,
Espaço de vidas perdidas,
Imagens que o tempo recorta.
Bebo a tua luz refletida
No vazio do teu olhar,
Triste com essa despedida,
De todo esse teu caminhar.
Do teu corpo sinto a saudade,
Mesmo sem nunca te tocar,
São lembranças da mocidade,
Esta vontade de te amar.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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