INVERNO
Raios de luz formam grinaldas amarelas,
No horizonte nascente se descobre o rei,
Entre nuvens que se despem em bagas finas
Espalhando flocos brancos na paisagem.
A luz do universo parece brincar às escondidas
E a brisa fria toca as pétalas do velho girassol
Que no jardim vai rodando à procura do sol,
Meio escondido na névoa da própria natureza.
Ao longe, uiva o vento na toca do lobo branco,
Lá no cimo do monte, onde a água se esconde,
A vida exausta parece ter chegado ao seu fim,
Deixando um grito surdo, esperando o renascer.
No meu olhar, uma sombra estranha se atravessa,
Alma bravia e solitária, traz o teu nome com ela
E neste inverno que a vida nos apresenta,
A brisa suave molda no teu corpo uma carícia.
No firmamento sinto Vénus e vejo a deusa do amor,
Coberta de grinaldas amarelas ao seu redor,
Procurando ajudar o seu amado sol a desabrochar,
Vencendo a tristeza do manto branco que o cobre.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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