ILUDINDO O TEMPO
Na desgraça da vida se perde a graça,
Colhe-se a fé sentida e que nos ilude,
Todo esse olhar fúnebre que nos abraça,
Carrega dores deixadas na juventude.
O mistério da passagem nos acalma,
Dúvidas surgem em toda essa vertigem,
Para onde se transportará a minha alma
E lá, para onde irei, qual a minha origem?
Na ilusão do tempo, sensações sentidas,
Do pó, apareceu o homem nesta terra,
Por cá andamos sempre em despedidas,
Sem desvendar os mistérios que ela encerra.
Nesse escombro fúnebre o nosso destino,
Estudamos túmulos antigos sem dó
E nada encontramos que seja divino,
Somente corpos transformados em pó.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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