Desde os tempos mais remotos da Terra que o homem procura viver em sociedade, não só pelo facto de melhor se defender, uma vez que em conjunto é muito mais fácil organizar uma defesa contra os seus inimigos, mas acima de tudo por necessidade de companhia.
Nas comunidades formadas pelo ser humano composta por seus iguais, surgiam com grande frequência desavenças que mais tarde ou mais cedo levavam a uma luta pelo poder, com objectivo de liderança, adquirindo assim cada vez mais privilégios. Para evitar tais lutas, os mais pacíficos procuraram o isolamento, surgindo assim os chamados eremitas. Foi nesta classe que surgiu a necessidade de encontrar outro ser não humano, para companhia, pois era muito doloroso viver sozinho. Depois de muitas tentativas, a escolha recaiu sobre o lobo que depois de domesticado se tornou um animal excelente, não só pela companhia que proporcionava, mas também pela ajuda que dava na caça e na própria defesa do seu dono companheiro e da sua habitação. Assim surgiu com o passar dos tempos, o cão doméstico, como animal de companhia por excelência, cuja escolha perdura até aos dias de hoje. Depois do cão, surgiu o gato e depois outros, formando hoje uma vasta gama de espécies, que é utilizada para minimizar a solidão dos seres humanos, cada vez mais isolados entre si. Hoje é normal ouvir-se que mais vale confiar no cão do que nos homens. Com o passar dos tempos e com a vivência cada vez maior entre o homem e o animal de companhia, surgem histórias verídicas que mostram a grandeza do animal quando se trata de amizade pura. Há animais que quando perdem o seu dono amigo, por morte deste, deixam de comer e acabam por morrer também. Outros acompanham os seus donos por todo o lado e defendem-no até à morte se algo os ameaça. Tanto amor, tanto carinho mostrado por estes animais que apenas querem como paga um pouco de comida e muito carinho.
Hoje, a grande evolução dos tempos, leva cada vez mais o ser humano a uma vida de stress, tornando-se mais do que necessário, ter por amigo sincero e útil, um animal. Contudo, para se poder manter o animal com dignidade que este merece, é necessário haver uma escolha acertada da espécie, tendo em conta a situação económica, as instalações e a disponibilidade para acolher o novo companheiro. O animal é como uma criança que ainda não aprendeu a falar e, por isso, é necessário que o seu dono e companheiro esteja atento aos sinais, para poder não só proporcional ao seu companheiro uma vida sã, mas também para se salvaguardar a si próprio e há sua família, de possíveis doenças que este possa apanhar e transmitir. A escolha do médico veterinário é muito importante, assim como também o é, ter sempre as vacinas e desparasitações em dia.
O animal de companhia transmite ao seu dono e companheiro, uma alegria constante e proporciona sempre a este um bem-estar e a sensação de não se encontrar só em certos momentos da vida.
Neste contexto, não posso compreender o ser humano que, apenas por comunidade, abandona os seus amimais de companhia quando quer ir de férias, ou quando estes, por qualquer outro motivo, se torna incómodo. E o mais grave é que, no regresso das férias, sentem falta do animal e vão logo arranjar outro para o substituir, como se de uma coisa qualquer se tratasse. Será que essas pessoas fazem o mesmo aos filhos? Ou aos pais depois de velhos? Não admira haver cada vez mais velhos em lares completamente abandonados pelos seus familiares. Alguns seres humanos, de humanos nada têm, e por puro egoísmo abandonam os seus progenitores quando estes já nada lhes podem dar, assim como abandonam os seus animais de companhia quando estes se tornam incómodos aos seus propósitos.
Há cada vez mais animais abandonados na via pública sem razão para tal.Vamos todos lutar contra essa aberração.Há dias, no facebook, um amigo mandou-me um vídeo que muito me comoveu. “Em Curitiba, no Brasil, um jovem foi baleado em plena rua e caiu morto. As pessoas passavam, olhavam e nada faziam. Pouco tempo depois, surgiu um cão, talvez o animal de companhia do infeliz jovem, que depois de rodear o corpo do jovem caído, sempre com o rabo metido entre as pernas em sinal de respeito, deitou-se ao seu lado e de lá não saiu até o corpo ser recolhido. E mesmo depois disso, acompanhou a ambulância que levava o corpo do seu amigo.” Eu pergunto: Afinal quem é o animal irracional? Quem é o ser pensante? Quem é o amigo do amigo?
Pelo o que sei, por conversas que tenho ouvido e por cenas que tenho presenciado, este não é um caso isolado. O que se passou em Curitiba, já tem acontecido noutros lados e não apenas com cães, mas também com gatos..
Não há nada mais cruel do que abandonar um amigo indefeso por puro egoísmo. Lembre-se, que pode acontecer, que na hora da sua morte, o seu animal de estimação poderá ser a única companhia que tenha ao seu lado.
Pensem nisto antes de abandonarem um animal seja por que motivo for. Nada justifica o abandono, uma vez que há meios de os proteger ou de os deixar temporariamente em segurança se for o caso de os não poder levar também de férias. Vamos todos dizer não ao abandono dos nossos amigos.Apenas por curiosidade: - As duas gatinhas que aparecem na fotografia acima, são os meus queridos animais de companhia.
olha as fotografias das minhas filhotas...o artigo está muito bom ; )
ResponderEliminarQue lindas estão as tuas Gatinhas...!
ResponderEliminarBjs