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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

USOS E COSTUMES – DIREITO DAS MULHERES



Continuando com o tema usos e costumes, o Querer e não Poder vai hoje fazer um pequeno resumo, procurando chamar a atenção para dois temas muito controversos, que teimam em se manter em voga em certos países de África e Médio Oriente. A condenação à morte por apedrejamento e a excisão, cujas vítimas são exclusivamente mulheres. O Irão/Iraque, antiga Pérsia, já foi justamente considerada como sendo o berço da civilização, pois foi nesta zona do globo que o ser humano criou as primeiras cidades, inventou a escrita e implementou códigos de conduta. Contudo há usos e costumes, que pela força dos tempos se tornaram leis, que já há muito deveriam ter seguido o exemplo da humanidade e evoluir, aproveitando-se o bom e excluir ou modificando-se o mau. È o caso do apedrejamento da mulher adultera até à morte. Quem não se lembra do famoso caso de Madalena, condenada à morte por esta prática e que Jesus Cristo salvou, fazendo apenas uma simples pergunta.”Quem não tiver pecados que atire a primeira pedra”. E segundo a Bíblia, ninguém teve coragem para atirar a primeira pedra e Madalena foi salva de uma morte horrível. Recentemente, dois mil anos depois, Uma mulher de nome Sakieh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos de idade, foi condenada à morte por lapidação, que consiste em enterrar a mulher até à cintura e depois atirarem pedras para a ferir até à morte. Que coisa mais bárbara. E mais grave ainda é que o crime foi apenas e só, uma suspeita de adultério. Como esta senhora, também outras têm sido mortas do mesmo modo e pelo mesmo motivo. Verifica-se que por esses lados a mulher continua a não ter qualquer valor como ser humano. Será que a religião por lá praticada é um entrave para a equiparação mais que justa entre o masculino e o feminino? Será que em pleno século XXI, o homem habitante ou natural do antigo berço da civilização, ainda continua a pensar como no primeiro século? Ou será que há algo mais que o não deixa evoluir? Esta famigerada lei/costume, infelizmente também se aplica em certos países Africanos e o grave é que também nesses países, por coincidência, se pratica como culto a mesma religião. Não quero aqui condenar a religião que, pelo que sei, nada tem a ver com tais práticas, mas condeno o homem que se aproveita a religião, interpretando-a segundo a sua conveniência, mantendo leis apenas dirigidas para a condenação da mulher, procurando assim elevar o sexo masculino. A par desta lei, existe outra, que também muito tem preocupado o Mundo civilizado. É o caso da Amputação genital feminina que também é praticada como uso e costume, principalmente em certos países do centro de África e Médio Oriente. O costume de cortar o clítoris, culpando a civilização e o uso e de um povo, não é motivo suficiente para se privar a mulher de um órgão importante no seu desempenho sexual. Se tivermos em conta que nessa mesma cultura é lícito o homem ter várias mulheres como esposas, ainda mais grave se torna esta aberração chamada de uso e costume de um povo possuidor de tal cultura milenar. O homem e a mulher, como seres humanos são iguais e ser iguais, não é só ter o mesmo aspecto físico mas também e acima de tudo, ter direitos iguais. Não compreendo e, aqui não venham falar em nome de uma cultura, pois não pode e não deve existir cultura que faça distinção sexual entre o masculino e o feminino. Ou peno menos, não pode ser chamado de cultura. A ideia de que ao homem tudo é permitido e à mulher tudo lhe é negado, não pode ter cabimento no Mundo moderno. Caso contrário, estamos a contrariar a própria natureza da evolução humana que nos diferenciou dos restantes animais. O animal chamado irracional, não faz diferença entre sexos, dentro da mesma espécie. Então qual a razão do homem, animal considerado racional o Fazer? Por certo só pode ser por maldade pura que nada tem a ver com cultura de um povo. O Povo merece maior e melhor respeito e, quando se fala em povo, não se está a referir apenas ao sexo masculino, mas também ao feminino. Estes dois usos e costumes bárbaros, a morte por apedrejamento e a mutilação genital feminina, apenas se praticam em culturas atrasadas, onde o intelecto humano não se desenvolveu ao ponto de considerar igualdade entre os sexos. Nestas culturas, o homem, fisicamente mais forte, continua a impor uma escravatura à mulher, que por viver num regime rígido, ainda não se libertou da sua condição de inferior. O medo, a insegurança de uma vida economicamente independente é o grande motivo para esta aparente aceitação da mulher, embora forçada, de tal regime. No dia em que as amarras se soltarem, a mulher viverá muito mais infeliz e o Mundo fica muito melhor. Vamos todos dizer não a estas práticas desumanas, vamos todos apelar pela verdadeira libertação da mulher, pela mais que justa igualdade entre sexos. Ao Irão, vamos todos apelar que mostre ao Mundo que o povo Muçulmano não é bárbaro e que é tão evoluído como o resto do Mundo civilizado, salvando Sakieh Ashtiani de uma condenação que apenas aconteceu por ser mulher.

1 comentário:

  1. texto maravilhoso de se ler e aprender com esse costumes pessoas muito sofridas.

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