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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

USOS E COSTUMES - VÉU



Depois de um período de pausa por opção, o Querer e não poder volta novamente a escrever, tendo escolhido para reiniciar as suas publicações, um tema muito polémico que se encontra em voga, como se de uma moda se tratasse. O Uso do véu em certas culturas reconhecidas mundialmente.
Começo este polémico tema com uma citação do ilustre médico indioamericano o Dr. Deepak Chopra “ O que for a profundeza do teu ser, assim será teu desejo; O que for o teu desejo, assim será tua vontade; o que for tua vontade, assim serão teus actos; o que forem teus actos, assim será teu destino.”
Esta citação vem dizer precisamente que cada um é livre de escolher o que quer fazer da sua vida, independentemente de qualquer credo, religião ou política orientadas pelo homem.
Desde os tempos mais remotos da humanidade, que os usos e costumes teimosamente tendem em fazer leis consideradas válidas e seguidas religiosamente pelo povo que foi o seu criador. Analisando friamente os escritos considerados sagrados, verifica-se em todos eles, independentemente da religião a que dizem respeito, existir no seu conteúdo, uma grave e permanente submissão do feminino ao masculino, que é realçada nesses livros, com a teoria da criação. Dizem os velhos textos que “Deus do barro criou o homem à sua imagem e semelhança e de uma costela deste, fez a mulher sua companheira.” Logo aqui, verifica-se haver uma classificação menor do sexo feminino que foi feito de uma simples costela do homem, enquanto este, foi feito da terra e semelhante a Deus seu criador. Logo também ele considerado deus. Nada mais erróneo, mas que os usos e costumes têm mantido até aos dias de hoje, como regra a seguir.
A religião sempre impôs à mulher o uso do véu como sinal de respeito perante Deus e perante o homem “seu senhor”. Com o passar dos tempos, o uso do véu pela mulher foi sendo frequentemente substituído pelos cabelos e é a própria Bíblia, em Coríntios cap.11, vers.13 e seguintes que diz “julgai entre vós mesmo: é decente que a mulher ore a Deus descoberta? Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido? Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar do véu.” Na religião católica, ainda muito recentemente, em meados do século XX, a mulher não entrava numa igreja sem o véu na cabeça, em sinal de respeito. Este uso e costume foi-se modificando e hoje, finalmente cumpre-se as escrituras em coríntios. O véu outrora usado, foi literalmente substituído pelo cabelo. Contudo, ainda hoje, em certas religiões e regiões do Mundo, o véu continua a ser imposto às mulheres, fazendo destas verdadeiras escravas de um costume que teima em não cair em desuso. Essas infelizes mulheres, ainda não atingiram a liberdade de com os seus actos, escolherem livremente o seu destino.
O mundo islâmico, felizmente não na sua totalidade, ainda condena e castiga a mulher com base neste costume ridículo do uso obrigatório do véu. O véu islâmico é mais do que um pano para cobrir o rosto, este faz parte de toda uma cultura baseada no sagrado e é visto como um sinal de respeito e recato apenas imposto à mulher já que o homem, como superior por ter sido feito à imagem de Deus, está acima de todos esses usos e costumes. Nessa cultura e religião, a mulher muçulmana usa o véu “HIJAB”, uma vez que Deus assim ordenou na passagem escrita no Alcorão. “ Dizei às fiéis, que recatem os seus olhares, conservem os seus pudores, e não mostrem os seus atractivos, além dos que normalmente aparecem; que cubram o colo com os seus véus e não mostrem os seus atractivos, a não ser os seus esposos…”
Sabendo como sabemos, que em grande parte do Mundo a religião está interligada ao sistema político, pergunta-se: No caso muçulmano, o uso do véu será devido à religião ou à tradição? Os interesses políticos e religiosos em certos países estão na mão dos homens e este continua a usar esses poderes, para subjugar e moldar a mulher a seu belo prazer, uma vez que esta não tem qualquer liberdade e força para mudar tais atitudes. Essas mulheres continuam a ser escravas dos milenares usos e costumes que as considera inferiores ao homem.
Num contexto mais largo dos usos e costumes, o véu islâmico é visto por uns, como coisa natural que faz parte de uma cultura própria e milenar, não vendo por isso qualquer estigma, domínio ou maldade para com a mulher. E é visto por outros, felizmente em número cada vez maior, como elemento usado para alienar e humilhar a mulher, roubando-lhe a própria identidade e vontade.
Se por um lado o véu dá à mulher uma certa liberdade porque as iguala, não havendo distinção de ricas e pobres, de feias e bonitas, nem alimenta uma competição aberta para procurar atrair sexualmente o sexo oposto, por outro, submete-as a uma escravatura tal, que perdem por completo não só a sua identidade como ser humano, mas principalmente como mulher, símbolo do belo, não permitindo expor a vontade própria de se sentir desejada como qualquer ser livre.
Nem todos os “HIJAB” (véu islâmico) são ofensivos e contrários aos direitos da mulher. Existem vários tipos de véus e a maioria pode mesmo ser denominado de traje regional aceite dentro do folclore próprio das diversas regiões do Globo. Contudo o véu islâmico denominado de BURCA (Burka) é uma espécie de manto que cobre todo o corpo da mulher, incluindo os olhos, tradicionalmente utilizado no Afeganistão e no Paquistão, este sim, é ofensivo à dignidade do ser humano e contrário à tão desejada liberdade da mulher no sentido de se alcançar rapidamente a igualdade entre os sexos que há muito o Mundo luta para conseguir.
Países muçulmanos moderados, como a Turquia e a Tunísia, já proibiram tal uso em locais públicos e no resto do Mundo livre, a França foi pioneira na proibição de tais costumes fundamentalistas. Estou convicto que o resto do Mundo, incluindo mais países muçulmanos acabem por considerar tal proibição como um bem para a humanidade que em muito vem dignificar a mulher, repondo assim, a justiça há muito reclamada.
Se por um lado eu admito aceitar o hijab na sua forma mais liberal que se confunde com os tradicionais trajes regionais, já tenho muita relutância em aceitar a burca fundamentalista uma vez que considero tal traje ofensivo à dignidade da mulher.
Não quero aqui no meu blog dizer quem tem ou não razão, pois não tenho competência nem autoridade para tal, mas quero finalizar este tema com a frase célebre de René Descartes “ Aquele que procura a verdade deve tanto quanto possível duvidar de tudo.” Neste contexto tenho o direito de duvidar das burcas e de todo o tipo de coisas que contribuam para o mal estar do ser humano, ou que possam servir para encobrir actos condenatórios, como infelizmente acontece com as chamadas mulheres bomba, utilizadas pelos fundamentalistas islâmicos contra outros povos ou governos. 

1 comentário:

  1. Conta a lenda que uma mulher muçulmana não conseguindo engravidar, terá prometido a deus que se o conseguisse, andaria nua pelas ruas. Engravidou e, desesperada para conseguir cumprir a promessa, aconselhou-se com um homem sábio e crente. Ele terá dito..."descobre os teus cabelos, pois com eles descobertos, é o mesmo que andar nua..depois disso, cobriras sempre os cabelos.."
    Sempre convivi com muçulmanos..umas cobriam o cabelo com um lenço ou véu, só os cabelos, outras, não. depende isso, do grão de fanatismo , tradição ou fervor religioso, mal interpretado.
    Não só muçulmanos, mas também hindus, de todas as castas. e Se as hindus andavam sem véu em casa, já não o faziam em presença de estranhos.

    pessoalmente, acho o uso de véu, em locais públicos, especialmente no Inverno, muito uteis e bonitos. como obediência a uma crença religiosa, não.

    especialmente as famigeradas burqas, sinonimo de uma escravidão, aniquilamento mental e físico da mulher, violência masculina de poderia ignóbil.
    Aliás, o CORAO, não diz para as mulheres usarem véu, mas para serem púdicas. E quem me garante a mim, que por baixo das burqas e quejandos, elas o sejam? E isso não seja sinonimo de eles se passarem por elas?
    Tanta coisa se faz por baixo dos véus..
    SAO

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