CARNAVAL
Festejava-se o carnaval,
Com mascaras e sedução,
No calor da noite invernal,
Irrompeste pelo salão,
Com um traje de odalisca.
Vinhas linda e quase nua,
Sem te importares com o frio.
Os ponteiros do relógio andaram,
Soaram as badaladas da meia-noite.
A festa tinha chegado ao seu apogeu
E como num conto de fadas,
Sabias que a noite tinha sido tua.
Mostrastes toda a tua sedução.
Todas as mulheres de invejaram
E aos homens tornaste afoite
E o meu olhar em ti se perdeu.
A linda máscara que trazias,
Tapava-te parte do rosto,
Cobrindo a tua identidade.
Traiu-te o teu batom habitual,
Que eu tão bem conheço.
Olhei para os teus olhos encobertos
E vi-te como se vê a lua em céu aberto.
Olhaste para mim e sorriste.
Sentiste o desejo dos homens em ti
E a dor do que padeço.
Meus sentimentos por ti descobertos,
Levaram-te a dar-me o presente certo.
Deste-me um beijo e fugiste.
Atrás de ti corri
E iniciei assim o começo,
De uma vida atribulada,
Sempre à procura do calor dos teus beijos,
Na noite fria estrelada,
Para acalmar os meus desejos.
Encontrei-te por fim!...
Cobri o teu corpo com o meu casaco,
Sorriste para mim!
E aceitaste o meu abraço.
No carnaval da tua loucura,
Encontrei o grande amor.
Amor que ainda hoje dura,
Fazendo jus ao teu valor.
Carlos Cebolo
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