MAR DE SOLIDÃO
19/07/2012
Neste imenso mar de solidão,
Onde navego sem ter destino,
Dispo a alma do sofrimento,
Do tempo que era um menino.
Acordo à noite com aflição,
Sem deixar fugir um lamento,
Lembrando o triste momento
Em que deixei a terra natal.
Procuro a juventude perdida,
Deixada naquela terra morena,
Onde a aventura valia a pena.
Lembrança que trago guardada,
Do povo a quem não quero mal,
E daquela terra que tanto amava,
Recordo tudo que ela nos dava.
Longe da sorte sem outra condição,
Navego sem ter rumo e sem norte,
Com um presente sem ter passado,
Traçando assim, a minha boa sorte.
Trago a boa luz à minha escuridão,
Apagando o mal, por mim herdado,
Por descendência do meu passado.
Aquela terra vermelha adocicada,
Com palmeiras juntinho ao mar,
Foi-me oferecida por nascimento,
Naquele belo e alegre momento,
Que a mãe sorriu para não chorar.
Serás sempre minha terra amada,
Esteja eu, onde estiver presente,
Com amor que o bom filho sente.
Carlos Cebolo
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