TEMPO
PASSADO
03/07/2012
Com todo este tempo já passado,
Quanto tempo! temos de esperar?
Para ver esta dor no peito passar!
O nosso passado deixar guardado
E para a nossa terra, poder voltar.
Esquecer as nossas quezílias antigas,
A política que não soubemos jogar,
A grande dor que nos fizeram passar;
Esquecer todas as velhas intrigas,
E aquele nobre povo voltar a amar.
São delírios que o nosso povo sente,
Da velhice do corpo que se padece,
Na ânsia da alma que não adormece;
A esperança da juventude na mente,
Com o futuro risonho que se merece.
Com todos aqueles dias de confusão,
A ver os sentidos que prevaleceram,
E que muitos, inocentes morreram;
Em nome de uma fingida revolução,
Feita com a dor que não merecemos.
Mesmo assim, pensamos ajudar,
Aquele povo que muito amamos,
Quem já esqueceu o que choramos;
Com a perda do querido familiar,
Numa triste luta que não travamos.
Tempos passados, presentes sofridos,
Sons de um povo que grita e geme,
Sempre à deriva por perder o leme;
Em rotas e rumos para sempre idos,
Espera de um futuro, que não se teme.
Tempo passado que atrás não volta,
Seguir em frente é o nosso destino,
Lembrar o passado sem perder o tino;
Dando asas ao espírito que se solta,
Confiando sempre no Ser Divino.
Olho de longe à procura de esperanças,
Pensar em voltar, está fora de questão!
A maneira como foi feita esta revolução,
Não admite poder pensar em mudanças,
Restando-nos apenas a boa recordação.
Carlos Cebolo
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