SEDE DE AMOR
22/08/2012
Trago comigo sempre esta secura,
Que do teu corpo me faz sedento,
De uma vida sem sofrimento,
No silêncio da minha loucura;
Que da tua incessante procura,
Na ansiedade deste sofrer,
Procuro fazer por merecer.
És flor que respiro,
Da tua pele, o odor jasmim,
Que floresce no meu jardim
E por quem suspiro;
Neste meu longo retiro,
Deste constante sofrer,
Que aumenta todo o padecer.
E tendo isso por certo,
Toda a dor do meu tormento,
Não passa de um momento,
Que damos por incerto;
Neste Mundo que desperto,
Com todo o seu padecer,
Que finjo não merecer.
Esta sede que me mata,
E que me leva à loucura,
Por sentir-te nua e pura,
Neste nó que não desata;
A vida que te maltrata,
Com todo o teu sofrer,
Que procuro esmorecer.
Carlos Cebolo
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