Sem sentido
13/08/2012
A terra linda
está triste e queimada,
A guerra tudo destruiu e provocou dores,
Ódios plantados numa luta desesperada,
Sangue derramado, destruiu amores.
Tua chama arde no meio da violência,
Que do norte o vento traz a mudança,
Destruindo no povo a sua inocência,
E ao som das armas tocaram a sua dança.
Reviver o belo paraíso do sol ardente,
Que outrora perfumes aromatizaram,
Nos bons odores que o povo sente,
Na companhia daqueles que tanto amaram.
Beijo o teu solo, ó terra querida,
No mapa da minha fértil imaginação,
Procuro sentir a imagem esquecida,
No recanto escondido da recordação.
Procuro a todo o custo a minha infância,
Enterrado naquele doce chão sagrado,
Para ganhar novamente a confiança,
Naquele chão e povo que me foi legado.
Tua lembrança em mim permanece viva,
E viva permanecerá até a hora da morte.
Minha juventude em ti, foi uma dádiva,
Mas foi fora de ti, que tracei a minha sorte.
Sem sentido, procuro esquecer o paraíso,
Tua fauna, tuas praias e tua gente,
Na minha tristeza lembro o teu sorriso,
E as grandes tristezas que o teu povo sente.
Carlos Cebolo
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